Após a cidade de Campinas-SP ser atingida por um surto de febre maculosa, em junho de 2023, muitas dúvidas surgiram sobre essa infecção.
Afinal, diferentemente da dengue, meningite e outras manifestações infecciosas conhecidas pela população, a doença transmitida pelo carrapato-estrela não faz parte do cotidiano da maioria das pessoas.
Nos últimos 10 anos, foram confirmados 2.157 casos, com 753 mortes. Pode parecer pouco, mas trata-se de uma doença potencialmente grave, e que necessita de tratamento médico imediato.
Continue a leitura para conhecer os sintomas e como se prevenir!
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Febre maculosa: o que é e quais os seus riscos?
A febre maculosa é uma doença infecciosa causada pela bactéria Rickettsia rickettsii. É transmitida aos seres humanos por carrapatos infectados, geralmente da espécie Amblyomma Cajennense, conhecido no Brasil como carrapato-estrela; um tipo bem pequeno e, por isso, mais difícil de ser identificado.
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?Quem está na dúvida se os carrapatos comuns em cachorros transmitem febre maculosa, pode ficar despreocupado, já que o carrapato-estrela não é comum em cães. Ele pode ser encontrado em animais de grande porte, como bois, cavalos, aves domésticas, gambás, coelhos e especialmente, na capivara.
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A doença recebe esse nome devido às manchas vermelhas (máculas) que podem aparecer na pele dos pacientes. Essas manchas são parecidas com uma picada de pulga, sendo que algumas podem ter pequenas hemorragias sob a pele.
Se não for tratada precocemente, a febre maculosa pode levar a complicações graves, como problemas renais, danos nos vasos sanguíneos e até mesmo morte.
Por isso, estar atento aos sintomas é fundamental para diagnóstico e tratamento imediato.
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Que sintomas uma pessoa com febre maculosa pode ter?
Os sintomas da doença começam de forma repentina e são semelhantes aos de outras infecções. No entanto, as manchas vermelhas ajudam a identificar a febre maculosa, além de outros sinais, como:
- Febre alta;
- Confusão mental;
- Mal-estar;
- Inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés;
- Dores de cabeça intensas;
- Calafrios intensos e arrepios;
- Dores musculares;
- Paralisia dos membros, que se inicia nas pernas e pode subir até os pulmões e causar dificuldade respiratória;
- Náuseas e vômitos;
- Falta de apetite.
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Diagnosticar a febre maculosa pode ser desafiador, sobretudo nos primeiros dias da doença, devido à semelhança dos sintomas com outras condições comuns no Brasil, como leptospirose, dengue, hepatite viral, meningite, pneumonia, entre outras.
O diagnóstico é feito pela avaliação dos sintomas e pelo questionário feito pelo médico, que possam indicar a suspeita da doença, já que seus sintomas se assemelham a outras condições.
Entre os pontos mais importantes é saber se o(a) paciente esteve em áreas como matas, florestas, fazendas ou trilhas ecológicas, onde pode ter sido exposto a carrapatos.
Além disso, o profissional pode solicitar exames laboratoriais para confirmar ou descartar o diagnóstico.
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Por que a febre maculosa é tão perigosa?
Um dos pontos de atenção quanto à febre maculosa é o fato de o patógeno ser bastante agressivo ao invadir o organismo. Isso porque as bactérias infectam as células das paredes dos vasos sanguíneos e se espalham rapidamente para outros órgãos, piorando o estado de saúde do paciente, que pode evoluir para sepse (infecção generalizada).
Para evitar maiores complicações – inclusive o óbito – o tratamento deve começar no máximo entre 48h e 72h após o surgimento dos sintomas, mesmo que o resultado do exame não tenha sido liberado – por isso é importante avisar se passou em áreas de surto.
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Como evitar a doença da febre maculosa?
Por conta de todos os riscos citados acima, a prevenção se torna muito importante. Confira abaixo alguns dos principais cuidados preventivos:
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1. Evite áreas com presença de carrapatos
Se possível, deve-se evitar entrar em áreas conhecidas por terem alta incidência de carrapatos ou surto de febre maculosa. Isso inclui matas densas, áreas com vegetação alta, pastagens e locais com presença de roedores.
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2. Use roupas protegidas
Ao passar por áreas propensas a carrapatos, é importante usar roupas de manga longa e calça comprida por dentro de botas. Manter a maior parte do corpo coberto é fundamental para reduzir as áreas de exposição.
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3. Aplique repelente
Também é importante usar repelentes que contenham a substância icaridina nas áreas expostas da pele, inclusive nas roupas, como nas mangas da camisa e nas barras da calça.
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4. Realize inspeções no corpo
Após passar tempo ao ar livre em áreas propensas a carrapatos, é preciso fazer uma inspeção cuidadosa no corpo. Procure por carrapatos, incluindo áreas de difícil visualização, como as axilas, virilhas, couro cabeludo e entre os dedos.
Para facilitar esse processo, opte por usar roupas de cor clara.
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5. Remova o carrapato com cuidado
Caso encontre um carrapato preso à pele, remova-o corretamente. Use uma pinça fina de sobrancelha para agarrar o carrapato o mais próximo possível da pele e travá-lo com cuidado e firmemente, garantindo que toda a cabeça e o corpo sejam removidos. Evite esmagar o carrapato durante a remoção.
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6. Proteja animais de animação
Mantenha os animais de estimação protegidos contra carrapatos. Use produtos repelentes e siga as recomendações do veterinário para evitar a infestação de carrapatos, sobretudo em áreas rurais.
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