A radioterapia é um dos tratamentos indicados no combate ao câncer. Diferentemente da quimioterapia, não se trata da injeção de medicamento no organismo. Mas sim de aplicações feitas através de radiação. Os efeitos colaterais da radioterapia não são tão agressivos quanto os da quimioterapia, mas ainda assim é importante conhecê-los e saber como lidar com eles.
Na radioterapia o câncer é eliminado ou controlado, por conta da diminuição da reprodução das células cancerígenas.
A radiação utilizada nesse tratamento destrói as células doentes e impedem o crescimento do câncer. A vantagem é que são atingidas apenas as células que precisam ser eliminadas e não todo o organismo.
Como é feita a radioterapia
A radioterapia é um tratamento feito em várias sessões, por meio de feixes de radiação dirigidos à parte do corpo afetada pelo câncer. O intervalo de tempo entre uma sessão e outra depende do tipo de câncer, da região afetada e das condições gerais do paciente.
Esse tipo de tratamento é utilizado também para aliviar dores, pressão interna ou hemorragia decorrentes da ferida causada pelo câncer. Muitas vezes ela é aplicada antes da cirurgia de retirada do tumor, como forma de torná-lo menor para a extração.
Os efeitos colaterais, além de não serem tão agressivos, algumas vezes demoram um pouco mais para aparecer. Vamos ver quais são!
Efeitos colaterais da radioterapia
Os efeitos colaterais da radioterapia dependem da área afetada, da sua extensão, do tipo e da dose de radiação recebida pelo organismo. Normalmente eles começam a ser percebidos depois da terceira semana do início do tratamento e desaparecem logo depois que ele termina.
Alguns efeitos podem ser sentidos logo no início do tratamento, principalmente se a área tratada estiver na medula óssea, epiderme, mucosas e áreas onde o câncer pode se proliferar com mais rapidez.
Nesses casos as consequências podem ser:
- Interrupção da ovulação nas mulheres e dos espermatozoides nos homens;
- Infecções, coceira e irritação na pele da região aplicada, que fica mais seca por conta do tratamento;
- Infecções nas mucosas;
- Diminuição dos leucócitos e plaquetas no sangue;
- Cansaço e tristeza;
- Dificuldade para digerir os alimentos, falta de apetite, náuseas e vômitos.
Já os efeitos que aparecem mais tarde são, muitas vezes, causados por doses maiores de radiação, que podem vir a produzir fibroses ou atrofias nas regiões atingidas.
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Efeitos colaterais da radioterapia na mama
Os principais e mais frequentes efeitos colaterais da radioterapia na mama são por exemplo, inchaço, sensação de peso na região, alterações na pele ao redor da área irradiada e leve sensação de fadiga.
As alterações da pele podem variar de vermelhidão à criação de bolhas. E a maioria das alterações no tecido da mama melhoram em alguns meses, podendo se estender a até mais de 1 ano em alguns casos.
Efeitos colaterais da radioterapia na pelve
Alguns efeitos colaterais da radioterapia na pelve mais comuns:
Diarréia: Os pacientes que fazem a radioterapia na região do abdome, pelve e da bacia podem apresentar diarréia, sendo em alguns casos acompanhados de dor parecida com cólica ou até sangramento em alguns casos mais raros.
Alterações na pele: Assim como outros tipos de radioterapia, durante o tratamento poderá ocorrer mudança de coloração da pele da região podendo ficar vermelha ou bronzeada, seca e escamosa. Normalmente estas reações desaparecem após o término do tratamento.
Dor ao urinar: a irradiação pode provocar irritação na bexiga, causando desconforto ou ardência ao urinar e até mesmo sangramento em casos raros.
Perda de apetite, fraqueza, diminuição da potência sexual e alterações hematológicas são outros exemplos de efeitos colaterais da radioterapia na pelve.
Como minimizar e amenizar os efeitos colaterais da radioterapia
Pessoas em tratamento de câncer, seja ele qual for, precisam se sentir acolhidas e apoiadas. Essa é uma fase de muitos altos e baixos. Períodos de extrema confiança se mesclam com outros repletos de medo da morte.
Poder contar com o apoio e a presença de familiares e amigos é fundamental para uma melhor qualidade de vida e para suportar as adversidades do tratamento.
Além da família, a confiança na equipe médica que conduz o tratamento é, também, fundamental. Contar com uma equipe médica bem qualificada e preocupada com o bem estar e a eficácia do tratamento faz com que o paciente acredite na cura e se sinta fortalecido.
Além desses dois apoios essenciais, existem algumas medidas que ajudam a minimizar os efeitos colaterais da radiação:
- Higienizar o local tratado com água e sabão e secar delicadamente;
- Não aplicar cremes ou loções no local afetado;
- Não aplicar curativos sem a orientação do médico;
- Não fazer uso de sauna ou tomar banhos muito quentes;
- Usar roupas leves e de materiais que não irritem o local atingido, dando preferência aos tecidos de algodão.
Mudanças de atitude e comportamento também podem melhorar a condição do paciente. Experimente manter uma alimentação saudável, evitar o estresse, fazer repouso e estar rodeado de pessoas agradáveis e de confiança.
Quanto tempo dura os efeitos colaterais da radioterapia
Os principais efeitos colaterais da radioterapia estão diretamente ligados à área do corpo submetida à terapia e também à dose administrada. Costumam surgir os primeiros efeitos por volta de três semanas após o início do tratamento e desaparecem, na maioria dos casos, em apenas alguns dias ou poucas semanas após o seu término, podendo durar mais tempo.
Sensação de fadiga ou sintomas como a perda de cabelo podem durar até mesmo alguns meses depois de finalizado o tratamento.
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