Você fez um exame de rotina, e o médico percebeu uma pequena alteração em sua mama.
Para qualquer mulher, essa revelação é um susto, mas não significa necessariamente algo grave. Para saber do que se trata, o médico pode solicitar outros exames, dentre eles um procedimento conhecido como técnica ROLL, que ajuda na identificação de lesões.
Com esse procedimento, é possível para o médico descartar um possível câncer de mama ou, caso o diagnóstico seja confirmado, iniciar o tratamento o quanto antes. E nesses casos, sabemos que quando iniciado precocemente, o câncer de mama tem taxas de cura próximas a 100%.
Como o ROLL é capaz de identificar lesões ainda muito pequenas, ele ajuda ainda mais no diagnóstico precoce.
Caso você tenha recebido a solicitação de um ROLL pelo seu médico, você pode ter dúvidas e questionamentos neste momento. Para trazer mais clareza sobre a importância desse procedimento, trazemos neste artigo tudo o que você precisa saber.
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O que é a técnica ROLL?
ROLL é a sigla em inglês para Radioguided Occult Lesion Localization (Localização Radioguiada de Lesão Mamária Não Palpável). Trata-se de um procedimento de identificação de microcalcificações ou nódulos na mama, guiado por um exame de imagem, como mamografia ou ultrassom, que marca o local a ser investigado.
Mais moderno e menos invasivo, o ROLL é uma boa alternativa ao agulhamento, que também tem o objetivo de marcar a área da mama que será verificada.
Como o nome sugere, o agulhamento utiliza pontas de agulha para demarcar a lesão, enquanto o ROLL é feito com a injeção de um radiotraçador.
Para que você entenda melhor o funcionamento da técnica, o Dr. Renato Barra, médico do IMEB, preparou um vídeo no nosso canal do Youtube, explicando em detalhes. Clique e assista!
Indicações do exame
De forma geral, o ROLL pode ser solicitado sempre que o médico precisar investigar mais a fundo uma alteração na mama da paciente. Geralmente, ele é utilizado como um procedimento complementar a outros exames para detectar o câncer de mama.
Essas intervenções são fundamentais para fazer o diagnóstico correto porque um nódulo observado em exame de imagem, por exemplo, não significa necessariamente um tumor maligno.
Um estudo da American Cancer Society demonstrou que cerca de 80% das alterações de mama que passaram por biópsias foram identificadas como tumores benignos.
São situações que podem levar à realização do ROLL:
- Microcalcificações.
- Pequenos nódulos.
- Lesões observadas apenas na ressonância magnética das mamas e não na mamografia e no ultrassom.
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Como é feito o procedimento
Como mencionamos mais acima, a marcação da área da mama a ser analisada pelo médico pode ser feita por agulhamento, utilizando uma agulha metálica flexível, ou pela técnica ROLL, com a injeção de um marcador radioativo na região alterada, o que é bem menos doloroso e invasivo.
Esse marcador tem duração de várias horas e, por isso, permite localizar com exatidão a área onde foi observada a lesão e injetar o radiotraçador dentro do nódulo ou da microcalcificação.
Depois da marcação, o médico utiliza um equipamento chamado Gama Probe, que detecta a radiação e, assim, aponta o local exato onde o marcador está concentrado.
Vantagens do ROLL
Além de não precisar de agulhas, o que já é um alívio para muitas pacientes, a técnica ROLL tem muitas outras vantagens em relação ao agulhamento. Entre elas, estão:
- Eliminação do risco de perder a marcação, pois o material é injetado diretamente na área alterada.
- Mais precisão na localização das lesões.
- Menos manipulação cirúrgica.
- Retirada de menos tecido mamário.
- Mais conforto para a paciente.
- Menos tempo de cirurgia.
- Mais facilidade e segurança na retirada do tumor.
Hora de se cuidar
Passar por um exame que pode identificar um câncer de mama é motivo de apreensão e isso é bastante compreensível. No entanto, deixar de realizar os testes, por medo de um resultado positivo não se justifica.
Exames, como a técnica ROLL, servem para descartar uma possibilidade de doença ou para confirmá-la precocemente. Em ambos os casos, sua realização é importante.
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