O câncer de mama é o segundo tipo de doença mais frequente entre as mulheres, tanto no Brasil quanto no mundo, depois do câncer de pele não melanoma. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), cerca de 29% de casos novos são registrados no Brasil todo ano, mas apenas 10% deles são identificados ainda na fase inicial.
A melhor forma de tratar o câncer de mama é realizando exames que detectam-o de forma precoce, aumentando significativamente as chances de cura. Continue lendo o artigo e conheça os 4 exames que detectam o câncer de mama.
Para saber sobre como identificar sintomas de câncer de mama no autoexame das mamas, leia este artigo aqui:
Mamografia Digital
O principal exame de identificação precoce do câncer de mama é a Mamografia Digital. Trata-se de um diagnóstico por imagem feito por uma radiografia das mamas, realizado por meio de um aparelho de raio-X — o mamógrafo. O exame é feito da seguinte forma: a paciente se posiciona em pé na frente do mamógrafo para que ele realize uma compressão em cada mama, nas posições vertical e horizontal. A compressão dura por alguns segundos e as imagens captadas são enviadas e armazenadas em um computador.
Essa é a principal diferença em relação ao exame tradicional da mamografia, que é realizado sem o uso de um computador. Desse modo, as imagens geradas ficam armazenadas em formato digital e podem ser acessadas futuramente, para impressão ou consultas feitas por radiologistas e outros profissionais na área da saúde.
O exame é indicado para todas as mulheres a partir dos 40 anos que não tenham casos de câncer de mama na família. Para quem tem um parente direto (mãe, por exemplo) que tem ou já teve o câncer, o recomendado é que o exame seja feito a partir dos 35 anos. Para casos ou situações mais específicas, é possível utilizar contraste na mamografia.
Vale ressaltar que muitos avanços estão sendo feitos nessa área para que a mamografia se torne um exame mais preciso, tanto na captação detalhada das imagens, quanto no conforto das pacientes.
O aparelho Senographe Pristina®, da GE Healthcare, foi desenvolvido para que a própria paciente controle a compressão das suas mamas, por meio de um controle remoto que nivela a compressão de forma progressiva e com o acompanhamento do médico.
Estudos comprovam que, com o novo aparelho, as pacientes têm suportado mais dor, sendo possível obter imagens mais nítidas. Se identificado no estágio inicial, as chances de cura do câncer de mama são de 90%.
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Ultrassom detecta câncer de mama
A ultrassonografia mamária (USM) é um procedimento no qual o médico utiliza um aparelho que emite ondas sonoras, captando imagens da mama com o auxílio de um gel. O exame pode ser feito como prevenção ao câncer por mulheres gestantes ou que tenham menos de 35 anos, ou como um complemento da mamografia em pacientes a partir dos 40 anos.
O USM é capaz de identificar anomalias e de diferenciar um nódulo sólido de um cisto. Em uma mamografia realizada em mamas mais densas — como em pacientes jovens, por exemplo —, os resultados podem confundir o especialista em muitos dos casos, surgindo a necessidade de realizar o ultrassom para detalhar a anomalia.
É importante deixar claro que a Ultrassonografia feita de forma isolada não substitui o exame da Mamografia, uma vez que ela é menos eficaz na identificação precoce do câncer de mama. A USM não é capaz de detectar microcalcificações, além de apresentar um alto número de resultados falsos positivos (lesões suspeitas encontradas pela USM mas que, na verdade, são benignas sem indícios de câncer).
Portanto, ainda que a paciente possa sentir algum desconforto na mamografia, ela ainda é o principal exame a ser feito para o diagnóstico precoce do câncer de mama.
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Ressonância Magnética (RM)
A Ressonância Magnética (RM) das mamas é um procedimento que possui maior sensibilidade na detecção de cânceres de mama. Ele é realizado em casos específicos em que somente a mamografia com a ultrassonografia não possibilitaram um diagnóstico completo.
Recomenda-se que a ressonância seja realizada, em especial, por mulheres que têm alto risco de desenvolver o câncer de mama ou por mulheres com próteses de silicone. A RM pode ser útil também para pacientes que já receberam o diagnóstico de câncer de mama e precisam determinar o tamanho do tumor e se existem outros tumores na região da mama.
Para a realização do exame, o paciente deita de bruços sobre uma mesa estreita e plana, que desliza para dentro de um cilindro longo e fechado. Semelhante a tomografia computadorizada, a captação cria imagens transversais das mamas, podendo ser vistas de vários ângulos. O procedimento dura entre 45 e 60 minutos, e geralmente é oferecido tampões de ouvido à paciente para abafar os sons altos que a máquina emite ao longo do exame.
Biópsia
A biópsia das mamas é um procedimento que consiste na retirada de um pedaço de um tecido ou nódulo, e é feito para confirmar ou despistar, em laboratório, a presença de tumores do câncer de mama. É indicado após os exames por imagem indicarem alterações na região que podem caracterizar câncer.
O procedimento é realizado com anestesia aplicada no local, na qual uma agulha é inserida para retirada de um pedaço do tecido identificado como suspeito. A amostra é enviada para avaliação anatomopatológica, feita por um patologista. Se houver a presença de células cancerígenas, o especialista avaliará o tipo de câncer de mama existente.
Existe também a possibilidade de realizar uma biópsia cirúrgica, a vácuo ou mesmo a biópsia de linfonodo axilar, caso o médico considere necessário. Por isso, é muito importante fazer antes a mamografia digital, bem como exames complementares, para que o médico avalie os resultados e considere se há ou não a necessidade de realizar a biópsia.
Outros exames de câncer de mama
Descobrir o câncer de mama, uma das doenças mais comuns entre as brasileiras e a segunda mais frequente no mundo, em suas fases iniciais faz aumentar consideravelmente a chance de sucesso no tratamento, possibilitando a cura sem a necessidade de mastectomia (remoção parcial ou total da mama).
A campanha Outubro Rosa, amplamente difundida no Brasil, foca na prevenção e conscientização sobre a doença. Especialistas ressaltam a importância das mulheres exercitarem o autoexame em casa mas que também saibam que ele é apenas o primeiro passo, sendo necessário realizar consultas regulares ao médico.
Além desses 4 principais exames de câncer de mama listados, vale citarmos outros que também são importantes e bastantes utilizados para se detectar a presença do câncer.
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Exame físico
É o exame realizado pelo médico ou enfermeira para avaliar as mamas. Há inúmeras técnicas de exame físico que são citadas na literatura médica, e incluem: inspeção das mamas, palpação e linfonodos. No exame devem ser cuidadosamente analisados sinais como assimetria, retrações, eczemas, ulcerações, gânglios linfáticos e nódulos. O exame físico das mamas, também chamado de exame clínico da mama (ECM), é um exame de rotina que deve ser realizado por um profissional de saúde treinado e autorizado em mulheres a partir de 25 anos, de preferência na primeira semana após a menstruação.
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Exame de Sangue
Estudos apontam que o câncer de mama pode ser diagnosticado anos antes mesmo do surgimento dos primeiros sinais da doença por meio de uma amostra de sangue da paciente, ao se detectar anticorpos e antígenos, cuja concentração sofre um aumento no sangue, com ligação ao aparecimento de células cancerígenas.
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Exame FISH
O exame FISH (Fluorescent In Situ Hybridization) é capaz de detectar mutações em cromossomos e consiste na aplicação de corantes como forma de detectar quebras e religações cromossômicas provocadas por diversos tipos de câncer. Essas mutações dão informações muito importantes sobre as conseqüências da doença no organismo do paciente e sua resposta às medicações.
Além desses exames de câncer de mama, existem ainda outros que podem ser realizados em casos mais específicos, como o exame de Cintilografia Mamária de Alta Resolução, por exemplo. Converse com seu médico para ele avaliar a necessidade de realizar tal exame, tudo bem?
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