A hipertensão arterial, também conhecida como pressão alta, é uma doença silenciosa que atinge, segundo dados do Ministério da Saúde, mais de 38 milhões de brasileiros.
Dessa forma, a hipertensão foi considerada, ao lado da diabete, o principal fator de risco à saúde no país, segundo o resultado da Pesquisa Vigitel.
Neste artigo você vai entender o que é hipertensão arterial, quais os riscos que ela oferece à sua saúde, como se prevenir da doença e de que forma é feito o seu diagnóstico.
Acompanhe!
Hipertensão arterial: o que é e quais são os riscos
A hipertensão arterial é caracterizada pela elevação sustentada dos níveis de pressão que o sangue faz para circular pelas artérias do corpo.
Isso acontece porque o sangue bombeado pelo coração exerce força sobre as paredes internas das artérias, mas sofre resistência por parte dos vasos sanguíneos.
A pressão arterial descontrolada pode desencadear uma série de doenças cardiovasculares e renais, como o exemplo do infarto, que pode ser ocasionado pela redução do envio de sangue e oxigênio para o coração devido ao estreitamento das artérias.
Um acidente vascular cerebral (AVC) também pode ser causado pela hipertensão, já que as agressões da pressão fazem com que as artérias da cabeça não consigam se dilatar suficientemente, havendo riscos de entupimento.
Além disso, a hipertensão arterial pode prejudicar o funcionamento dos rins, que deixam de filtrar o sangue adequadamente, causando assim insuficiência renal. Por fim, casos de morte súbita também podem estar relacionadas à doença.
Em algumas situações, o aumento da pressão arterial pode ocorrer sem nenhum motivo aparente. Em outros casos, a hipertensão pode ser decorrente de outros problemas de saúde.
Por se tratar de uma doença silenciosa, o aparecimento de certos sintomas, como dor de cabeça, falta de ar, visão embaçada, zumbido no ouvido e tontura podem significar que a hipertensão já se encontra em um estágio mais avançado.
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Fatores de risco
Alguns dos principais fatores de risco para o surgimento da hipertensão arterial são:
- Obesidade;
- Histórico familiar: pais hipertensos aumentam os riscos da doença em 30%;
- Idade: a partir dos 50 anos os riscos de hipertensão são maiores.
- Gordura abdominal;
- Tabagismo;
- Consumo excessivo de bebidas alcoólicas;
- Estresse;
- Consumo exagerado de sal;
- Níveis altos de colesterol;
- Sedentarismo;
- Diabete.
Outras causas, menos frequentes, estão associadas ao uso de certos medicamentos, como anti-inflamatórios ou anticoncepcionais, assim como alterações na tireoide, doenças congênitas e lesões renais.
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Prevenção a hipertensão arterial
Grande parte dos casos de hipertensão arterial não tem cura. No entanto, ela pode ser controlada, e, para muitos pacientes, esse controle não é feito necessariamente com o uso de medicamentos. A adoção de alguns cuidados e mudanças de hábitos podem ajudar na prevenção da doença, como:
1. Prática de atividades físicas
A prática regular de atividades físicas contribui muito para o controle da pressão arterial, dado que exercícios melhoram a circulação sanguínea e ajudam a controlar o estresse, que também é uma das causas da hipertensão.
Atividades aeróbicas, como caminhar, correr, nadar e dançar induzem a liberação de óxido nítrico, uma substância vasodilatadora. Mas antes de iniciar os treinamentos, é importante que pacientes hipertensos consultem um médico, já que é normal que a pressão suba um pouco durante o esforço.
Conforme a orientação divulgada pela OMS, a recomendação é de pelo menos 150 minutos de atividades físicas intensas durante a semana ou 300 minutos de atividades moderadas.
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2. Redução no consumo de sal
Médicos e especialistas apontam que reduzir o consumo diário de sal é um fator fundamental para o tratamento e prevenção da hipertensão arterial. Não apenas o sal de cozinha, mas é importante reduzir também o consumo de alimentos embutidos e processados, como salsicha, mortadela, presunto, etc.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a recomendação diária de ingestão de sal é de menos de 5g por dia, correspondente a uma colher de chá, ou 2g de sódio.
3. Mudança nos hábitos alimentares
A mudança nos hábitos alimentares também é um fator preponderante para a prevenção da hipertensão arterial.
Assim, o indicado é evitar o consumo de alimentos gordurosos e adotar uma dieta que inclua frutas, verduras, vegetais, grãos e alimentos integrais. Muitos desses alimentos são ricos em potássio, cálcio e magnésio, que regulam a contração dos vasos sanguíneos e coração.
O consumo excessivo de bebidas alcoólicas e o cigarro também são fatores que podem desencadear o aumento da pressão arterial. Por isso, abandonar esses hábitos é fundamental para prevenir a hipertensão. Além disso, é importante encontrar atividades prazerosas que diminuam o estresse.
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Como é o diagnóstico de hipertensão arterial
Como a hipertensão arterial é uma doença silenciosa, é importante medir a pressão ao menos uma vez por ano. No entanto, o diagnóstico do paciente não se dá apenas com uma medição alterada. A confirmação só é possível quando a pessoa apresenta níveis de pressão arterial acima de 12/9 mmHg em dias e horários diferentes.
Para isso, o médico especialista costuma utilizar o exame de MAPA (Monitoramento Ambulatorial de Pressão Arterial), que consiste no registro indireto e intermitente da pressão durante 24 horas, feitos enquanto a pessoa segue sua rotina diária, inclusive durante o sono.
O paciente recebe um aparelho medidor de pressão, que fica preso ao seu corpo e realiza entre 50 e 80 medições nesse período.
É importante consultar um médico sempre que a pressão arterial marcar 14 por 9 ou acima desse valor, pois esse pode ser o primeiro sinal de hipertensão. Em casos de pressão acima de 18 por 12 é preciso procurar um pronto-socorro imediatamente.
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Tratamento
O tratamento para pacientes hipertensos é feito, geralmente, através do uso de medicamentos para o controle da doença.
Podem ser utilizados remédios diuréticos – que aumentam a frequência urinária e ajudam na eliminação de sódio pela urina -, vasodilatadores – para ampliar o espaço interno dos vasos -, entre outros que devem ser tomados sob orientação médica.
Vale lembrar que, mesmo com o uso de medicamentos, é fundamental se cuidar e mudar os hábitos, como nos exemplos citados acima. Essas ações, realizadas em conjunto, ajudam na obtenção de melhores resultados para o controle da hipertensão arterial.
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Para a sua saúde, IMEB!
Como vimos no artigo, a hipertensão arterial é uma doença silenciosa que, se não tratada no início, pode se tornar crônica, ou seja, não tem cura. Quando isso acontece, o tratamento tem o objetivo de controlar o aumento da pressão.
Por isso, é importante sempre estar atento aos sintomas e aferir a pressão pelo menos uma vez ao ano.
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