Cardiopatia é um termo utilizado para se referir a diferentes doenças que atingem o coração e os vasos sanguíneos, como doença arterial coronariana, angina, arritmia cardíaca e hipertensão, entre muitas outras.
De acordo com o Cardiômetro, plataforma da Sociedade Brasileira de Cardiologia que contabiliza as mortes por doenças cardiovasculares no Brasil em tempo real, entre janeiro e agosto de 2024 mais de 240.000 pessoas perderam a vida no país devido às cardiopatias.
Neste artigo, você vai descobrir os principais tipos de cardiopatia e quais os sintomas e causas mais comuns da doença, além dos tratamentos disponíveis para essas condições.
Acompanhe!
Definição e tipos de cardiopatia
A cardiopatia é um termo geral utilizado para descrever uma variedade de condições que afetam a saúde e o funcionamento do coração. Ela pode se manifestar de várias formas, desde problemas estruturais até disfunções elétricas e vasculares.
Por ser um órgão vital, é imprescindível que o coração funcione perfeitamente para manter o corpo suprido de sangue oxigenado, e qualquer disfunção pode levar a sérios problemas de saúde.
Os principais tipos de cardiopatia são:
Cardiopatia isquêmica
A cardiopatia isquêmica, também conhecida como doença arterial coronariana, ocorre quando as artérias que fornecem sangue ao coração se estreitam ou ficam bloqueadas devido ao acúmulo de placas de gordura, colesterol, cálcio e outras substâncias.
Essa interrupção na passagem reduz o fluxo de sangue e oxigênio para o coração, e pode levar a angina (dor no peito) ou infarto do miocárdio (ataque cardíaco).
Cardiopatia congênita
A cardiopatia congênita é uma malformação presente desde o nascimento, que pode ocorrer nas paredes do coração, nas válvulas cardíacas ou nos vasos sanguíneos próximos ao coração.
Alguns defeitos congênitos podem ser leves e não apresentar sintomas, enquanto outros podem ser graves e afetar o fluxo sanguíneo normal, exigindo intervenções médicas ou cirúrgicas precoces.
Cardiopatia hipertensiva
A cardiopatia hipertensiva é consequência da pressão arterial elevada crônica, que força o coração a trabalhar mais para bombear sangue pelo corpo.
Com o tempo, isso pode levar ao espessamento e rigidez do músculo cardíaco (hipertrofia), o que compromete sua função resulta em insuficiência cardíaca.
Cardiopatia valvular
A cardiopatia valvular acontece quando há disfunções em uma das quatro válvulas do coração, que podem ser estreitadas (estenose) ou apresentar vazamento (insuficiência), o que interfere no fluxo sanguíneo normal e sobrecarrega o coração.
As doenças valvas podem ser congênitas ou adquiridas ao longo da vida, muitas vezes devido a infecções, degeneração ou doenças reumáticas.
Cardiopatia miocárdica
A cardiopatia miocárdica, ou miocardiopatia, é uma doença do músculo cardíaco que pode ser causada por fatores genéticos, infecções virais, alcoolismo, doenças autoimunes ou outras condições.
Existem diferentes tipos da doença, como a miocardiopatia dilatada, hipertrófica ou restritiva, que levam ao enfraquecimento do coração e à insuficiência cardíaca.
Cardiopatia infecciosa
A cardiopatia infecciosa ocorre quando infecções, como endocardite (infecção do revestimento interno do coração) ou miocardite (infecção do músculo cardíaco), afetam o coração.
Geralmente, são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos, e podem danificar as válvulas e o tecido cardíaco, resultando em sérias complicações.
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Fatores de risco e causas
A pressão arterial elevada é um dos principais fatores de risco para várias formas de cardiopatia, pois a hipertensão força o coração a trabalhar mais para bombear sangue e causa danos aos vasos sanguíneos, o que pode levar ao espessamento do músculo cardíaco e outras complicações.
O diabetes também aumenta o risco de desenvolver doenças cardíacas devido ao seu impacto nos vasos sanguíneos e nervos que controlam o coração.
Isso porque, níveis elevados de açúcar no sangue causam um acúmulo de placas nas artérias e reduzem o fluxo sanguíneo, aumentando assim o risco de infarto e outras complicações cardíacas.
Outro fator que contribui muito para a formação de placas nas artérias — uma condição chamada de aterosclerose — é o colesterol alto, especialmente o LDL, conhecido como “colesterol ruim”.
Assim como o tabagismo, que também pode causar estreitamento das artérias, pois as substâncias químicas presentes no tabaco danificam o coração e os vasos sanguíneos.
Outros fatores de risco para cardiopatias incluem sedentarismo, obesidade, dieta inadequada, consumo excessivo de álcool, histórico familiar de doenças cardíacas e estresse.
Sintomas e diagnóstico
Os sintomas da cardiopatia variam conforme o tipo e a gravidade da doença. Alguns dos sinais mais comuns de problemas cardíacos são:
- Dor no peito (angina): Sensação de pressão, aperto ou queimação no peito, muitas vezes desencadeada por esforço físico, estresse ou ansiedade.
- Fadiga: Fadiga excessiva e cansaço persistente, mesmo após atividades leves, podem indicar que o coração não está bombeando sangue de maneira eficiente.
- Falta de ar: Dificuldade em respirar, especialmente durante atividades físicas ou ao se deitar.
- Palpitações: Sensação de batimentos cardíacos irregulares ou acelerados.
- Inchaço: Edema nos pés, tornozelos, pernas ou abdômen.
- Desmaios: Episódios de perda de consciência ou tontura podem indicar problemas cardíacos graves.
Importância do diagnóstico precoce
O diagnóstico precoce da cardiopatia é fundamental para prevenir complicações graves e melhorar a qualidade de vida do paciente.
Por isso, quanto mais cedo a doença for identificada, mais eficazes serão as intervenções médicas e as mudanças no estilo de vida para controlar a condição.
A realização de exames regulares é a estratégia mais eficiente para detectar problemas cardíacos em estágios iniciais, e os exames de imagem exercem um papel importante nesse monitoramento. Os mais utilizados são:
Ecocardiograma
O ecocardiograma é um exame de ultrassom que utiliza ondas sonoras para criar imagens do coração.
Com ele, é possível avaliar a estrutura e o funcionamento cardíaco, o que inclui o movimento das válvulas e a força de contração do músculo.
Ressonância magnética
A ressonância magnética cardíaca utiliza campos magnéticos e ondas de rádio para criar imagens precisas e detalhadas do coração.
Com ela, é possível obter informações sobre o volume, câmaras cardíacas (átrios e ventrículos), válvulas e superfície do órgão, através da análise minuciosa da anatomia e função do coração.
Tomografia computadorizada
A tomografia computadorizada cardíaca usa raios X para gerar imagens detalhadas do coração e vasos sanguíneos, sendo útil para detectar obstruções nas artérias coronárias, identificar a presença de placas de aterosclerose e avaliar o risco de ataques cardíacos.
Tratamentos disponíveis
Uma das principais maneiras de tratar e prevenir as cardiopatias é a adoção de um estilo de vida saudável, o que inclui eliminar o tabagismo, reduzir o consumo de bebidas alcoólicas, controlar o estresse e manter um peso saudável.
Para ajudar a melhorar a saúde do coração, também é importante uma dieta equilibrada e rica em frutas, vegetais, grãos integrais, proteínas magras e peixes.
Ao mesmo tempo, reduzir a ingestão de gorduras saturadas, sal e açúcar contribui para o controle de fatores de risco como hipertensão e colesterol alto.
Além disso, a prática regular de exercícios físicos — especialmente atividades aeróbicas, como caminhada, corrida, ciclismo e natação — ajuda a fortalecer o coração, melhorar a circulação sanguínea e controlar o peso.
No caso de pacientes que já possuem histórico de doenças cardíacas ou fatores de risco para as cardiopatias, alguns medicamentos costumam ser prescritos pelos médicos, como anticoagulantes, beta-bloqueadores e estatinas, entre outros.
Já em situações mais graves, o tratamento da cardiopatia pode ser feito por meio de procedimentos cirúrgicos, como a Angioplastia (com ou sem colocação de stents), Cirurgia de Revascularização Miocárdica (também conhecida como bypass coronário), reparação ou substituição de válvulas cardíacas e, em casos extremos de insuficiência cardíaca, transplante de coração.
Acompanhamento e monitoramento
Fazer um acompanhamento regular com o cardiologista é essencial para pacientes com algum tipo de cardiopatia.
Através de consultas periódicas com o médico, é possível monitorar a saúde do coração, ajustar tratamentos e prevenir complicações.
Para isso, os exames de imagem desempenham um papel muito importante, pois permitem uma visualização detalhada do coração que inclui a análise da função cardíaca, a detecção de possíveis novas obstruções e a verificação da integridade das válvulas cardíacas.
Com essas informações, os médicos são capazes de tomar decisões muito mais assertivas sobre o cuidado do paciente.
Conteúdos para complementar a sua pesquisa:
O IMEB é referência no Centro-Oeste em exames de diagnóstico por imagem.
Entre eles, estão os principais exames para a detecção de cardiopatias, como ecocardiograma, ressonância magnética e tomografia computadorizada.
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