Um dos temores nos tratamentos aplicados contra o câncer são os efeitos colaterais causados pela quimioterapia e radioterapia. Embora em diferentes níveis e dependendo do tratamento, os dois métodos trazem algum tipo de efeito para o corpo do paciente. Vamos entender um pouco mais sobre esses efeitos agora.
Os tratamentos contra o câncer estão bastante evoluídos e o índice de cura tem aumentado nos últimos anos. Mas, ainda assim, trazem uma série de consequências ao paciente que se submete à químio e à radioterapia.
Esses tratamentos, além de atacar as células cancerígenas, atacam também células saudáveis. Por esse motivo, causam os indesejáveis efeitos colaterais. O que deve ser levado em conta é que eles são temporários e reversíveis. E existem algumas medidas que podem ser realizadas para amenizá-los.
Efeitos da quimioterapia e radioterapia sobre o corpo
Queda de cabelo
Entre as mulheres, vítimas de câncer, talvez esse efeito seja o mais traumático, pois interfere na aparência e, consequentemente, na autoestima. Na quimioterapia, a queda de cabelo ocorre porque o medicamento usado para inibir o câncer ataca células que se reproduzem com uma rapidez maior, como é o caso das células capilares.
A queda costuma começar na terceira ou quarta sessão. Porém, não é todo protocolo de quimioterapia que provoca queda de cabelo. Vai depender do tipo e do nível do câncer tratado e do local onde o tumor está localizado.
A boa notícia é que já existe uma alternativa para evitar a queda de cabelo em pacientes que estão fazendo quimioterapia. O método resfria as células do couro cabeludo e é aplicado simultaneamente aos medicamentos da quimioterapia.
Para quem perdeu os cabelos, o recomendado é cuidar do couro cabeludo com a utilização de protetor solar, chapéus e lenços para evitar queimaduras na pele sensível.
Na radioterapia esse efeito ocorre raramente e, quando ocorre, o cabelo logo volta a crescer. É que o processo da rádio é diferente e só atinge a cabeça se o tumor estiver neste local.
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Náuseas, vômitos e diarreia
Nosso corpo possui mecanismos de defesa que começam a atuar assim que percebem a entrada de um “corpo estranho”. E é assim que ele reage aos medicamentos da quimioterapia.
O cérebro envia uma resposta e o estômago e intestino reagem com náuseas, vômitos e diarreia, tentando eliminar esses elementos tóxicos.
A possibilidade para evitar esses efeitos é a administração de antieméticos, que agem na prevenção dos sintomas. Esses medicamentos impedem o estômago de enviar sinais ao cérebro, bloqueando a resposta para expulsar a quimioterapia.
Pacientes que passam pela radioterapia podem apresentar também náuseas, vômitos e falta de apetite. Nesses casos, mais pela fadiga causada pelo tratamento do que por agentes tóxicos.
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Impotência, infertilidade e perda da libido
A químio e a radioterapia também causam efeitos sobre a sexualidade, tanto nas mulheres, quanto nos homens, podendo afetar o aparelho reprodutor, o aparelho urinário e ocasionar a perda da libido.
A infertilidade pode ocorrer porque os medicamentos são tóxicos para os ovários, para a produção de espermatozóides e para o aparelho reprodutor, levando homens e mulheres à esterilidade em alguns casos.
Na radioterapia o problema pode ocorrer nos casos em que o câncer está localizado na região pélvica, como colo do útero, ovário, reto e nos homens, nos casos de câncer de próstata.
Já a libido é afetada nos casos de câncer ginecológicos, próstata e testículo, devido à alteração hormonal provocada pelo tratamento. Ou, no caso da radioterapia pélvica, por causar efeitos que tornam a relação sexual dolorosa. Nos homens a impotência também pode surgir como reação ao tratamento.
Câncer de Intestino: Sintomas, Diagnóstico e Tratamentos
Conversas e apoio ajudam a superar efeitos colaterais
O melhor a ser feito é conversar com as pessoas do seu cotidiano e ter paciência para esperar os efeitos do tratamento cederem. O importante é levar em conta que a grande maioria dos efeitos colaterais desaparecerá com o término do tratamento.
Enquanto isso é fundamental contar com uma equipe médica de confiança para indicar as melhores maneiras de aliviar os sintomas, bem como fazer o acompanhamento necessário durante todo tratamento.
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