O câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens (INCA) e, em geral, costuma apresentar sintomas somente em estágios mais avançados como dificuldade de urinar, disfunção erétil e desconforto ao ejacular. Por isso a importância de se informar melhor sobre a doença.
Segundo dados do INC (Instituto Nacional do Câncer), morre um homem a cada 40 minutos no Brasil, vítima de câncer de próstata. Só perde para o câncer de pele.
Para não correr o risco de entrar para essa triste estatística, os homens devem se prevenir realizando exames específicos que podem diagnosticar precocemente os indícios ou até mesmo a presença da doença.
Acompanhe!
O que é câncer de próstata?
O câncer de próstata é um tumor maligno que atinge principalmente homens mais velhos (acima dos 55 anos), causando o aumento da próstata.
Na maioria dos casos, o câncer se desenvolve de forma lenta, não apresenta sintomas e não ameaça a saúde do paciente, sendo necessário apenas o acompanhamento do quadro para avaliar a evolução do tamanho da próstata.
Porém, ao se espalhar para outras partes do corpo, pode evoluir para estágios mais graves, e causar até morte. Esse quadro é conhecido como metástase.
Como acontece o câncer de próstata?
A próstata é uma glândula que fica abaixo da bexiga e que tem ligação direta com a uretra (canal que permite a passagem da urina e do esperma para fora do corpo). O câncer de próstata causa o aumento dessa glândula, chamado de hiperplasia.
Com isso, o canal da uretra pode ficar pressionado ou até obstruído, o que é responsável por causar os principais sintomas da doença.
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Causas e fatores de risco do câncer de próstata
Em geral, é difícil identificar a origem de qualquer tipo de câncer, pois são diversos os fatores que podem ter impulsionado o desenvolvimento da doença. No caso do câncer de próstata, as causas mais comuns são:
1 – Histórico familiar, fator genético e hereditariedade
Um paciente cujo pai ou até um tio tiveram esse tipo de câncer terá o dobro de risco para o desenvolvimento da doença do que os que não têm histórico familiar. A situação se agrava ainda mais se o paciente tiver um irmão com câncer de próstata.
2 – Idade
Essa é uma das principais causas do câncer de próstata. Isso porque, se o paciente tiver menos de 65 anos e mais de um parente portador da doença, o risco de desenvolvimento da doença aumenta de 6 a 11 vezes. E quando o homem tem um parente de primeiro grau com câncer de próstata diagnosticado com menos de 55 anos, ele será certamente portador da doença.
3 – Alimentação
Outro fator de risco é a alimentação. Se composta por dieta com excesso em gorduras e carnes vermelhas e pobre em legumes, vegetais e frutas, facilita a ocorrência do câncer de próstata. Igualmente o sedentarismo e a obesidade.
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4 – Etnia
A etnia também é considerada fator de risco e pode ser uma possível causa para o câncer de mama. Pessoas negras, por exemplo, têm maior incidência de câncer de próstata, enquanto descendentes asiáticos apresentam menor índice de ocorrências.
5 – Contato com poluição ambiental e componentes tóxicos
O nível de poluição ambiental também contribui para o aparecimento do câncer de próstata, assim como o contato com derivados de borracha e com substâncias como ferro, cromo, cádmio e chumbo.
Diante das causas do câncer de próstata expostas e dos fatores de risco, reforçamos a importância dos homens consultarem o urologista periodicamente, mesmo sem apresentar sintomas. Saiba mais sobre o câncer de próstata, seus sintomas, tratamentos e causas clicando aqui!
Se você possui um histórico familiar de câncer de próstata, é possível realizar o teste Painel Câncer de Próstata Hereditário, que serve para sequenciar os genes que estão relacionados ao desenvolvimento do câncer para identificar se você pode desenvolver a doença.
Sintomas e sinais do câncer de próstata
“Como saber se estou com câncer de próstata?” é uma dúvida comum de muitos pacientes e ficar atento aos principais sinais é uma recomendação. Os sintomas mais perceptíveis desse tipo de câncer que podem indicar a presença da doença são:
- Dificuldade de urinar;
- Demora para começar a sair o xixi;
- Jato do xixi fraco ou em gotas (ou urina muito amarela e forte);
- Necessidade de urinar várias vezes durante o dia;
- Acordar à noite para urinar frequentemente;
- Disfunção erétil;
- Fraqueza ou dormência nas pernas ou pés;
- Dor ao fazer xixi;
- Desconforto ao ejacular;
- Dor na parte baixa das costas ou na pélvis (abaixo dos testículos).
Mas é importante ressaltar que o câncer de próstata não costuma apresentar sintomas em sua fase inicial. Todos esses sintomas costumam aparecer, geralmente, nos estágios mais avançados da doença.
Por isso a importância de fazer exames regularmente, para detectar o câncer logo no início, facilitar o tratamento e aumentar as chances de cura. Saiba mais sobre o exame de próstata aqui.
Na fase inicial, por exemplo, é difícil que o paciente apresente algumas anomalias características da doença, como a vontade de urinar frequentemente e, ainda, o endurecimento do nódulo na próstata, identificado no exame de toque.
Conheça mais sintomas do câncer de próstata avançado abaixo.
Quais são os sintomas do câncer de próstata avançado?
Além dos sintomas acima, alguns sinais específicos são fortes indicativos de que a doença já evoluiu para um estágio mais avançado, como:
- Fluxo urinário interrompido (o paciente sente vontade de fazer xixi, mas não consegue);
- Presença de sangue na urina ou no sêmen;
- Dor nos ossos (quadril e bacia, costas, coxas, joelhos, ombros e outras regiões), sendo um indicativo de que a doença se espalhou para outras partes do corpo.
Percebi alguns sintomas: o que fazer?
O recomendado é procurar um urologista o mais rápido possível, já que a maioria dos sintomas surgem em estágios avançados da doença. Ele irá fazer a análise clínica e solicitar os exames necessários para um diagnóstico preciso.
Vale ressaltar, porém, que alguns sinais também podem ser causados pelo crescimento normal e benigno da próstata, que acontece naturalmente com o avançar da idade do paciente. Essa condição é denominada hiperplasia prostática benigna.
De qualquer forma, o médico irá realizar exames específicos para ter a certeza se é uma condição benigna ou o tumor maligno. Para isso, o diagnóstico do câncer de próstata é feito a partir desses 3 principais exames:
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Exame de próstata (toque retal)
Serve para avaliar o tamanho, a textura e a forma da próstata, em que o médico palpa as partes posterior e lateral da região. Esse exame é rápido, indolor e muito importante para o diagnóstico. Por isso, não há por que ter preconceito! Informe-se melhor sobre o exame de toque retal aqui.
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Exame PSA
Trata-se de um simples exame de sangue, que serve para medir a quantidade da proteína produzida pela próstata, chamada de Antígeno Prostático Específico (PSA). Se os níveis dessa proteína estiverem altos no organismo, pode ser um indicativo da presença do câncer.
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Biópsia
Caso haja anomalias nos resultados dos dois exames anteriores, é solicitado uma biópsia, que é a melhor maneira de confirmar o diagnóstico. Para isso, são retirados pequenos pedaços da próstata para análise em laboratório. Se você tem dúvidas sobre a biópsia, esclareça aqui.
Também podem ser solicitados exames mais específicos, de diagnóstico por imagem, como ecografia da próstata, ressonância magnética da próstata com contraste e PET/CT com PSMA (caso tenha dúvidas sobre algum desses exames, basta clicar no termo para conferir mais informações. Todos eles estão disponíveis no IMEB e estamos à disposição para esclarecer as suas dúvidas).
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Se confirmado o diagnóstico, o médico irá avaliar os resultados e indicar a melhor opção de tratamento de acordo com o quadro de cada paciente.
Tratamento: Câncer de próstata tem cura?
O câncer de próstata pode sim ser curado, principalmente se estiver localizado (não espalhado para outras regiões do corpo) e se for diagnosticado precocemente.
Quando a doença já está em um estágio mais avançado, o tratamento fica mais difícil e, consequentemente, as chances de cura diminuem.
Como tratar o câncer de próstata?
Para o câncer de próstata, existem alguns tipos de tratamento que dependem de vários fatores, entre eles, idade do paciente, gravidade, doenças relacionadas e, principalmente, a expectativa de vida.
Os tratamentos que geralmente são utilizados vão desde a cirurgia e a radioterapia, quando o tumor está localizado apenas na próstata, passando pela hormonioterapia, quando o câncer está mais avançado, até novas medicações que vão surgindo com o avanço das pesquisas na área.
Os urologistas — médicos especialistas responsáveis pelo diagnóstico — costumam dizer que quando os tratamentos citados não são suficientes, entra-se com a quimioterapia. Vamos entender um pouco melhor sobre cada um deles.
Os principais tratamentos do Câncer de Próstata
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Radioterapia
A radioterapia consiste na aplicação de um feixe de radiação ionizante visando a diminuição ou a destruição do tumor. As doses são calculadas e direcionadas às células tumorais. Esse é um tratamento não tão agressivo quanto a quimioterapia e com efeitos colaterais mais brandos.
A eficácia da radioterapia depende do tipo de tumor e da sua localização, entre outros aspectos. As sessões de aplicação duram, em média, de 2 a 5 minutos, podendo chegar a 30 minutos nos casos mais complexos.
Vale lembrar que, às vezes, a radioterapia é aplicada antes da cirurgia para retirada do tumor com o objetivo de diminuir o tamanho dele e evitar a cirurgia numa área maior. Em outras situações, esse tipo de tratamento é usado após a cirurgia para alcançar as células cancerígenas que porventura permaneceram.
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Cirurgia (prostectomia)
Sob anestesia geral, o médico retira a próstata completamente por meio de um corte no abdômen. A cirurgia requer internação de pelo menos 3 dias. Essa intervenção normalmente é recomendada para os casos de câncer mais avançado e até mesmo com metástase, quando o tumor já impacta outros órgãos além da próstata.
A cirurgia impede o avanço da doença e pode ser complementada ou não com a ingestão de remédios antiandrógenos, que reduzem os níveis de testosterona.
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Hormonioterapia
Como o nome já diz, esse é um tratamento hormonal que consiste em bloquear a produção da testosterona e outros hormônios masculinos que são os principais causadores do câncer de próstata.
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Quimioterapia
Esse tratamento não é padrão para o câncer de próstata inicial mas, às vezes, é utilizado, como já dissemos. Existem algumas pesquisas que estão verificando se a quimioterapia pode ser útil quando administrada por um certo tempo após a prostectomia.
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Câncer de próstata: opções de tratamento
O tratamento para câncer de próstata pode variar de caso para caso, levando em conta principalmente o tamanho e tipo do tumor, além da idade do paciente. Mas, na grande maioria dos casos, o tratamento envolve a remoção da próstata por meio da cirurgia.
A cirurgia é conhecida como prostatectomia radical e tem como objetivo a remoção completa do câncer, para possibilitar a cura.
Além da remoção da próstata, estruturas próximas à próstata também são retiradas, como as vesículas seminais e a linfadenectomia ilíaco-obturadora bilateral. Esses procedimentos podem ser realizados via perineal, retropúbica ou robô assistida.
Outras formas de tratamento também podem ser combinadas ou não com a cirurgia, para aumentar as chances de cura, principalmente em casos em que a doença está mais avançada.
Em geral, podem ser indicados o uso de medicamentos, terapia hormonal e radioterapia.
Para entender melhor o tratamento do câncer de próstata, leia este outro artigo.
No vídeo abaixo, o Dr. Renato, médico do IMEB, esclarece uma dúvida muito comum sobre o câncer de próstata: por que, mesmo tratado, ele pode voltar? Assista e descubra:
Quais os tipos de câncer de próstata?
Basicamente, o câncer de próstata é classificado de duas formas: adenocarcinomas e carcinomas.
- Adenocarcinomas: representam a maior parte dos casos de tumor maligno na próstata (95%), podendo ser classificados como baixo, intermediário ou alto grau. No câncer de próstata adenocarcinomas de grau baixo, por exemplo, as células se assemelham às células da próstata. Já no câncer de grau alto, as células do tumor se diferem mais das células prostáticas, multiplicando-se mais rapidamente.
- Carcinomas: são raros, representando apenas 5% dos casos de câncer de próstata. Em geral, atingem pequenas células, sarcomas e linfomas.
Câncer de Intestino: Sintomas, Diagnóstico e Tratamentos
Prevenção do Câncer de Próstata: como prevenir e evitar a doença?
Ações simples como manter uma alimentação saudável, não fumar e fazer atividades físicas frequentemente ajudam a prevenir o câncer de próstata.
Homens acima dos 50 anos devem realizar o exame de toque retal e o exame PSA, para detectar a doença em seu estágio inicial. Já quem tem histórico familiar de câncer de próstata, deverá realizar os exames a partir dos 40 anos.
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Como é feita a radioterapia e como ela funciona?
Além disso, como o Dr. Renato reforçou no vídeo, uma visita regular ao urologista será fundamental para prevenir a doença.
No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, sendo o primeiro, o câncer de pele. A incidência maior ocorre em homens com mais de 65 anos. Por isso, é conhecido também como câncer da terceira idade.
O câncer de próstata pode se desenvolver rapidamente em alguns casos. E quando se espalha para outros órgãos pode levar à morte. Felizmente, na maioria das ocorrências, o avanço da doença é lento, levando cerca de 15 anos para o tumor atingir somente 1 cm³, podendo passar despercebido e sem afetar a saúde do homem.
Leia também: Check up dos homens: quais exames devem ser realizados? e Má alimentação: consequências, riscos e doenças que pode causar.