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Saúde mental da mulher: como cuidar da sua!

Diariamente, mulheres de todos os cantos do planeta enfrentam situações e desafios que não deveriam existir em pleno século 21.

A pressão por alcançar padrões de beleza irreais, a responsabilidade de ser a principal cuidadora da família (e muitas vezes pelo sustento da casa), a obrigação de ser uma mãe perfeita que não tem o direito de errar, além do assédio e violência moral, sexual e até mesmo física, são algumas das dificuldades passadas pela mulher a cada dia.

Não à toa, as mulheres são as principais vítimas de problemas que afetam a saúde mental, como depressão, ansiedade e síndrome do pânico, entre outros.

Neste artigo, você vai descobrir como anda a saúde mental das mulheres, entender quais são os desafios que elas enfrentam e receber dicas importantes sobre como cuidar da sua saúde mental.

Acompanhe!

Como anda a saúde mental das mulheres

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a saúde mental é considerada um estado de bem-estar da mente, que torna possível às pessoas enfrentar os desafios da vida, desenvolver suas habilidades e contribuir com a comunidade.

No entanto, a cada dia que passa mais e mais pessoas estão sofrendo com a falta desse bem tão precioso para a qualidade de vida. Assim, os quadros de depressão, ansiedade, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), bipolaridade e esquizofrenia aumentam de forma exacerbada. E as mulheres são as maiores vítimas desse tipo de problema.

Um relatório global de 2019 mostrava que 49 milhões de pessoas viviam com algum tipo de transtorno mental no Brasil, e 53% deste total eram do sexo feminino.

A pandemia da Covid-19 trouxe um aumento ainda maior nos casos de problemas de saúde mental. O isolamento social, o medo da doença, o luto e as dificuldades econômicas elevaram os níveis de estresse e ansiedade, especialmente entre as mulheres.

No primeiro ano da pandemia, em 2020, 67% dos novos casos de depressão no mundo foram registrados em mulheres, principalmente entre 20 e 40 anos. Da mesma forma, elas apresentaram mais casos de ansiedade, especialmente entre 15 e 40 anos, com 68% do total.

Já uma pesquisa mais recente, realizada pela organização não governamental Think Olga, com 1.078 mulheres brasileiras, mostrou que 45% das entrevistadas foram diagnosticadas com algum transtorno mental. Dessas, 35% apresentaram quadros de ansiedade, 17% de depressão e 7% de síndrome do pânico, entre outras doenças.

Esse números demonstram como o sexo feminino é mais suscetível a problemas de saúde mental, e diversos fatores contribuem para isso, como veremos abaixo.

Os principais desafios que elas enfrentam

A maior incidência de problemas de saúde mental nas mulheres pode ser explicada pelo excesso de desafios que elas enfrentam no dia a dia. Alguns dos principais são:

Pressão social e expectativas culturais

Grande parte das mulheres enfrenta pressões e expectativas irreais em relação ao seu papel na família, no trabalho e na sociedade. Assim, cria-se o mito de que elas têm a obrigação de equilibrar múltiplas responsabilidades, como cuidar da família, manter uma carreira bem-sucedida e ainda atender às normas de beleza e comportamento impostas pela sociedade, o que leva ao aumento da ansiedade e o desenvolvimento de quadros depressivos.

Violência de gênero

A violência de gênero, que inclui desde ofensas verbais até agressões e tentativas de homicídio, é um dos principais desafios enfrentados pelas mulheres em todo o mundo. Uma pesquisa realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública apontou que, em 2022, mais de 21 milhões de mulheres no Brasil sofreram violência física ou sexual por parte de ex-companheiros ou do parceiro atual, o que representa 33,4% da população feminina do país. 

Esse número aumenta para 43% quando são considerados os casos de violência psicológica. Com isso, muitas delas apresentam uma série de problemas de saúde mental, incluindo ansiedade, depressão, transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) e síndrome do pânico. 

Desigualdade de gênero no ambiente profissional

A desigualdade que as mulheres ainda sofrem, tanto no Brasil quanto em outras partes do mundo, é outro fator que afeta negativamente a saúde mental. Isso inclui a falta de oportunidades, salários consideravelmente mais baixos em comparação com os homens e a carência de representação em posições de poder. 

A sensação de ser tão ou mais competente quanto os homens e não ter o devido reconhecimento contribui para sentimentos de desvalorização e inadequação. Além disso, muitas mulheres são vítimas de assédio sexual ou moral no ambiente de trabalho. 

Hormônios, maternidade e saúde reprodutiva

As diversas alterações hormonais pelas quais as mulheres passam ao longo da vida também podem desencadear problemas de saúde mental. Ciclo menstrual, gravidez, parto, pós-parto e menopausa afetam o humor e podem ser a origem de doenças como depressão e ansiedade. 

Além disso, a maternidade — ainda que seja uma experiência gratificante para muitas mulheres — pode ser uma fonte de estresse, já que algumas sofrem a pressão de ser uma “mãe perfeita”, o que contribui para quadros de depressão pós-parto. 

Por outro lado, distúrbios associados à saúde reprodutiva, como a infertilidade, podem causar estresse emocional significativo.

Discriminação e estigma em relação à saúde mental

Em certas ocasiões, as mulheres enfrentam discriminação e estigmas por buscar ajuda para tratar seus problemas de saúde mental. Muitas vezes, elas são vistas como emocionalmente instáveis ou mesmo incapazes de lidar com o estresse. Esse tipo de atitude geralmente faz com que a mulher fique com dúvidas e hesite em procurar tratamento.

Dupla jornada

Uma parcela significativa de mulheres enfrenta o desafio da chamada “dupla jornada”, ou seja, precisam equilibrar responsabilidades domésticas e profissionais. Isso porque, mesmo quando trabalham fora de casa, elas continuam a ser as principais responsáveis pelos afazeres do lar e pelo cuidado com a família. Essa carga adicional de trabalho pode levar ao estresse e à exaustão, afetando de forma negativa a saúde mental.

Dificuldade de acesso aos cuidados de saúde mental

Em diversas regiões, como áreas rurais ou periféricas, as mulheres têm muita dificuldade de acesso aos cuidados de saúde mental, seja pela ausência de serviços de qualidade, altos custos de tratamento ou falta de profissionais treinados em questões específicas que afetam o sexo feminino.

Como cuidar bem da sua saúde mental

Cuidar da saúde mental é tão importante para o seu bem-estar quanto o cuidado com a saúde física. Entretanto, muitas vezes a atenção às questões mentais e emocionais são deixadas de lado. 

A boa notícia é que com algumas práticas — que podem ser adotadas no dia a dia — você é capaz de melhorar sua saúde mental e se afastar do estresse e da pressão que tanto prejudicam sua qualidade de vida. Confira:

Priorize o autocuidado: busque tempo para cuidar de si mesma e faça atividades como yoga, meditação e outros tipos de exercícios físicos. Também procure manter uma rotina de sono adequada e dê preferência para a alimentação saudável.

Respeite seus limites: aprenda a dizer não quando necessário e respeite seus limites, tanto nas relações pessoais quanto profissionais. Não se sobrecarregue com responsabilidades excessivas.

Busque apoio: não hesite em procurar apoio de amigos, familiares ou profissionais de saúde mental para conversar sobre seus sentimentos e preocupações. Ter uma rede de apoio é fundamental para enfrentar os desafios da vida.

Seja gentil consigo: evite se criticar de forma exagerada. Aprenda a reconhecer e aceitar suas falhas e imperfeições como parte natural da vida e da experiência humana.

Aumente seu conhecimentos sobre saúde mental: aprender mais os fatores que afetam as mulheres pode ajudá-la a entender melhor seus próprios pensamentos e sentimentos, assim como identificar sinais precoces de problemas de saúde mental.

Faça pausas regulares: tire um tempo para descansar e recarregar suas energias. Pausas curtas ao longo do dia também são eficientes, especialmente durante momentos de alta tensão.

Mantenha-se socialmente ativa: participe de atividades sociais que tragam alegria, prazer e satisfação. O contato frequente com amigos e familiares queridos contribui muito para manter uma boa saúde mental.

Também vale a pena reforçar mais uma vez a importância de procurar ajuda profissional. Se você estiver enfrentando dificuldades, não hesite em buscar apoio de especialistas. Um psicólogo, psiquiatra ou terapeuta é capaz de oferecer suporte e orientação para lidar com seus desafios. 

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Por: Dr. Renato Barra / Categoria: Saúde da mulher

20 de março de 2024

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