A tomografia com contraste é um exame de imagem de alta resolução que permite avaliar com clareza qualquer parte do organismo, principalmente por conta do uso da substância para a formação das imagens. Dessa forma, o contraste serve para detectar facilmente lesões e doenças graves, com mais precisão.
Frequentemente utilizado em exames de imagem, o contraste é uma substância essencial para o diagnóstico preciso de muitas patologias. Isso porque ele adentra melhor em tecidos mais densos do corpo e evidencia lesões que sem ele não seriam vistas. E na tomografia com contraste não é diferente.
Então, se você tem dúvidas sobre o uso de contraste na tomografia, continue lendo este artigo.
Você vai entender melhor sobre o que é e como é feito o exame, se causa dor, quais os possíveis efeitos colaterais do uso de contraste na tomografia e se é possível saber se você tem alergia à substância.
Confira!
O Dr. Renato, médico do IMEB e especialista em Medicina Nuclear, preparou um vídeo especial sobre o tema. Assista:
Para que serve o exame de tomografia com contraste?
Muitos especialistas em Medicina Nuclear reforçam que em muitos casos o uso do contraste na tomografia é essencial para um diagnóstico precoce, porque sem ele muitas patologias graves em estado inicial podem passar despercebidas.
Certos tecidos, órgãos e vasos sanguíneos do corpo só são evidenciados pelo exame a partir da administração do contraste.
Além disso, o que muitos pacientes não sabem é que o uso do contraste em exames de imagem não é obrigatório, apenas uma recomendação médica a depender da necessidade clínica.
Caso o paciente não queira realizar a tomografia com contraste, por exemplo, pode avisar ao médico ou ao radiologista. Assim, o profissional pode avaliar a possibilidade de realizar a tomografia convencional, sem contraste.
Porém, nessas situações, pode ser necessário que o paciente realize dois exames. Pois, caso as imagens sem contraste não sejam claras o suficiente para oferecer um laudo conclusivo, é preciso realizar novamente o exame, com contraste.
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Como é feito o exame tomografia com contraste? Dói?
A tomografia com contraste é um exame totalmente indolor. O paciente pode sentir um leve incômodo ou desconforto no momento da aplicação do contraste, sensação de calor ou um gosto amargo na boca, especialmente se for administrado via intravenosa, mas não é doloroso.
Além de administrado na veia do paciente, o contraste também pode ser aplicado via oral, retal ou vaginal, a depender da recomendação médica.
No exame de Tomografia Computadorizada (TC), ou Tomografia Axial Computadorizada (TAC), o tipo de contraste mais utilizado é o contraste iodado.
Após a aplicação do contraste, o paciente é posicionado dentro aparelho de tomografia, de acordo com a área do corpo a ser examinada. O aparelho tem o formato de círculo, com uma abertura no meio, onde o paciente é inserido em cima de uma maca.
Ao iniciar o exame, o aparelho emite uma quantidade controlada e segura de radiação (raio-x), que atravessa o corpo do paciente, de um lado para o outro, para formar as imagens.
O uso de radiação é comum em muitos exames de imagem. Mas não há motivo para preocupação, já que com os avanços da Medicina Nuclear esses exames estão cada vez mais seguros. Se você ainda está receoso com o uso de radiação na tomografia, clique aqui para esclarecer mais dúvidas.
Durante a captação das imagens da tomografia com contraste, que dura poucos minutos, é recomendado que o paciente permaneça imóvel e na posição indicada pelo radiologista. Em alguns momentos, a depender da região do corpo a ser analisada, pode ser necessário segurar a respiração por alguns segundos.
Em geral, o paciente fica sozinho dentro de uma sala específica para a realização do exame. Porém, está sendo a todo o momento observado pelo técnico e/ou médico, que podem ouvir e falar com o paciente, caso surja qualquer desconforto ou dúvida durante a realização do exame.
O IMEB (Imagens Médicas de Brasília) conta com equipamentos de ponta e uma equipe especializada em diagnóstico por imagem, que farão você se sentir mais seguro para realizar o seu exame de tomografia com contraste, com risco mínimo. Clique aqui e agende agora mesmo o seu exame em uma de nossas unidades!
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Quais os riscos da tomografia com contraste?
Como qualquer outro medicamento, o contraste também oferece riscos e pode causar reações adversas. Porém, são raros os casos de pacientes que apresentam efeitos colaterais graves (como dificuldade para respirar), após realizar uma tomografia com contraste, ou qualquer outro exame de imagem.
Reações graves ao uso de contraste ocorrem em somente 0,01% dos casos. E até mesmo efeitos colaterais considerados leves (como náuseas, vômito, urticária, dor de cabeça) são incomuns.
O mais comum é que surjam reações momentâneas e passageiras, como
- Sensação de calor pelo corpo ou queimação;
- Coceira;
- Leve aceleramento dos batimentos cardíacos;
- Vontade de urinar frequente ou alteração na cor da urina;
- Gosto ruim na boca.
No vídeo abaixo, o Dr. Renato, médico do IMEB, dá algumas dicas de como evitar possíveis reações alérgicas com o uso de contraste na tomografia e em exames de imagem. Assista:
Como saber se tenho alergia a contraste?
Não existe um exame específico para determinar se um paciente possui alergia a contraste. Porém, algumas pessoas são mais propensas a apresentar alergia após a aplicação da substância, como pacientes diabéticos, cardiopatas ou com problemas renais.
Além disso, pacientes com alergia a camarão ou frutos do mar tem mais chances de desenvolver alguma reação ao tipo de contraste utilizado na tomografia, o contraste iodado, já que esses alimentos possuem altas concentrações de iodo.
Para evitar ao máximo quaisquer reações adversas com o uso da substância, é feito um preparo especial para a tomografia com contraste.
Geralmente, o radiologista realiza um questionário com o paciente, para descobrir se ele possui alguma alergia ou problema de saúde que pode ser afetado pelo contraste.
Depois disso, a depender de cada caso, pode ser indicado um preparo antialérgico para tomografia com contraste, para reduzir o risco de reações adversas após o exame.
Cuidados após tomografia com contraste
Alguns cuidados simples após o exame de tomografia com contraste ajudam a diminuir os riscos de efeitos colaterais, além de estimular que a substância seja expelida mais rapidamente para fora do organismo.
Caso o paciente não tenha restrição de líquidos nem problemas de coração, por exemplo, é indicado aumentar a ingestão de líquidos por dia (recomenda-se pelo menos 2 litros de água diariamente), para ajudar a eliminar o contraste do corpo.
Já para pacientes que fazem uso de medicações específicas, como Diaforin, Dimefor, Formet, Glifage, Flucoformin e Metformed, é recomendado que interrompam o uso por 48h após a realização do exame.
Além disso, é importante ficar atento a alguns sintomas após a tomografia com contraste, como:
- Aparecimento de manchas pelo corpo, pois são indicativos de alergia ao contraste;
- Dor no local onde o contraste foi aplicado ou formação de bolhas;
- Diminuição do volume da urina;
- Pontas dos dedos mais escuras ou sem sensibilidade.
Esses sintomas são incomuns. Então, se perceber qualquer um desses sinais, o médico deverá ser consultado.
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Dúvidas comuns
Em geral, é recomendado jejum de 6 horas, no mínimo, para realização da tomografia com contraste, independente da região do corpo que será examinada.
O efeito do contraste no organismo costuma durar, em média, 2 horas após a realização do exame. Além disso, na maioria dos casos, a substância costuma ser eliminada naturalmente pela urina em até 24 horas.
O exame de tomografia com contraste não apresenta contra-indicações. Qualquer paciente pode realizá-lo. Porém, algumas pessoas (como gestantes, asmáticos ou alérgicos) precisam ser avaliadas com mais atenção pelo radiologista e, se necessário, realizarem o preparo antialérgico antes de utilizar o contraste.
Para mulheres que estejam amamentando e realizam a tomografia com contraste, é recomendado suspender temporariamente a amamentação por 48 horas. Isso porque estudos já mostram que o contraste pode se estabelecer no leite materno nesse período e ser transmitido para o bebê.
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