Segundo dados da Fundação Internacional de Osteoporose (IOF), a osteoporose é uma doença que atinge cerca de 10 milhões de brasileiros, e que deve crescer 32% até 2050 no país.
As mulheres acima dos 50 anos e que já passaram pela menopausa, por sua vez, correspondem ao grupo de maior risco para o surgimento da doença. Por isso, é muito importante que elas realizem exames para prevenir e diagnosticar precocemente a doença.
O principal exame para rastrear a osteoporose é a densitometria óssea, um método simples e rápido de diagnóstico por imagem que não causa qualquer desconforto para a paciente.
Acompanhe o artigo para saber mais sobre como o exame é realizado, qual a sua importância para a saúde da mulher, e descubra por que a osteoporose é mais comum nas mulheres na faixa etária acima dos 50 anos. Acompanhe!
O que é a densitometria óssea?
A densitometria óssea é um exame de imagem que avalia a densidade mineral dos ossos, podendo detectar a perda de massa óssea e, consequentemente, prevenir a ocorrência de fraturas e o surgimento da osteoporose.
Para a realização do exame de densitometria, são analisadas as áreas do corpo que estão mais sujeitas a sofrerem alguma fratura: a coluna lombar, a região proximal do fêmur e o terço distal do rádio.
Quais as vantagens do exame para a saúde da mulher?
A principal vantagem do exame de densitometria óssea para a saúde da mulher é que ele é considerado o melhor método para prevenir ou diagnosticar precocemente a osteoporose — doença que, como explicado anteriormente, é mais comum entre a população feminina após a menopausa.
Sabe-se que os principais exames de imagem para rastrear a osteoporose são a radiografia simples, a cintilografia óssea, a tomografia computadorizada quantitativa (QCT), e o raio-X de dupla energia (do inglês Dual-Energy X-ray Absorptiometry – DEXA) — sendo este último o que corresponde, de fato, ao exame de densitometria óssea.
A partir da comparação entre esses exames, estudos científicos puderam observar uma melhor eficácia da densitometria em comparação aos demais. Tanto é que hoje, tal exame é visto como padrão na identificação precoce da osteoporose.
A saber, a comparação entre os exames consideraram os seguintes fatores:
- acurácia ou exatidão do exame;
- precisão;
- sensibilidade diagnóstica;
- relação custo-benefício;
- segurança para o paciente em relação à dose de radiação utilizada;
- comodidade e praticidade empregada;
- rapidez com que o exame, de modo geral, é realizado.
Além da precisão, segurança e rapidez com que é realizado o exame de densitometria óssea, outro benefício que vale ser destacado é o fato dele ser indolor, não gerando qualquer desconforto durante o procedimento.
Acompanhe o artigo para saber mais sobre a realização do exame.
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Como o exame é realizado?
Antes do exame ser realizado, é administrado na paciente uma dose segura de radiação para que sejam obtidas imagens nítidas e precisas dos órgãos a serem analisados. Em seguida, a paciente se deita em um aparelho sobre uma mesa acolchoada, para que o laser passe em zigue-zague sobre a área a ser analisada.
Todo o procedimento pode durar de 6 a 15 minutos, a depender da área a ser investigada. Geralmente, a captura das imagens leva, em média, 6 minutos para as regiões da coluna lombar, o fêmur e o terço distal do rádio.
No entanto, o exame também é útil para avaliar toda a composição corporal (percentual de gordura, massa magra e densidade mineral dos ossos). Nesses casos, a duração do procedimento pode ser mais longa — em torno de 15 minutos.
O exame de Densitometria Óssea também é muito útil para atletas e praticantes de atividades físicas. Confira neste artigo:
Densitometria Óssea para atletas e praticantes de atividades físicas
Afinal, o que é a osteoporose?
A osteoporose se caracteriza pela perda de massa óssea no corpo, causada pela produção deficitária de cálcio — principal elemento dos ossos, causando o enfraquecimento do órgão e favorecendo uma propensão maior a fraturas. Inicialmente, ela pode não apresentar sintomas, dificultando o diagnóstico inicial.
Uma vez estabelecida, a doença não tem cura, cabendo aos tratamento retardar a perda de massa óssea e prevenir fraturas com bons hábitos, em geral, boa alimentação e prática de atividades físicas de leve impacto.
Antes dela surgir, no entanto, o corpo já possui sinais de ossos fracos, indicando a osteopenia — momento em que a perda de massa óssea ainda não apresenta porosidade e pode ser contornada. Nesse sentido, identificar a osteopenia — por meio do exame de densitometria óssea realizado regularmente — é uma maneira muito eficaz de prevenir a evolução da doença para a osteoporose.
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Por que as mulheres têm mais riscos de ter osteoporose?
As mulheres após a menopausa correspondem ao grupo de maior risco de desenvolver a osteoporose porque, nessa faixa etária, os níveis do hormônio estrogênio (que exerce um efeito protetor para a saúde da mulher) reduzem consideravelmente, aumentando os riscos da doença e de fraturas decorrentes.
E ainda, segundo um estudo publicado no Journal of Bone and Mineral Research, as mulheres de 50 anos tendem a apresentar um risco de 40% de sofrer uma fratura osteoporótica (advindas da osteoporose) em alguma parte do esqueleto, além de regiões específicas do corpo, como o colo do fêmur (17,5%), as vértebras (15,6%), e o rádio distal (16%).
Além disso, o estudo observou também que a presença de uma fratura vertebral significa um risco de 20% a mais para que uma nova fratura ocorra.
Nesse sentido, realizar o exame de densitometria óssea regularmente é eficaz para prevenir a ocorrência dessas fraturas, uma vez que ele é capaz de rastrear uma fraqueza dos ossos antes mesmo de acontecer qualquer acidente.
Então, lembre-se: mulheres que já passaram pela menopausa, devem realizar o check up anual, incluindo o exame de densitometria óssea para avaliar a densidade dos ossos, tudo bem?
Para saber com mais detalhes sobre as indicações e contraindicações do exame, leia este artigo:
Densitometria óssea: o exame detecta osteoporose: saiba quem deve e quem não deve fazer o exame
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