A osteoporose é uma doença caracterizada pela perda de massa óssea, deixando os ossos mais frágeis e mais suscetíveis à fraturas. A doença geralmente está associada ao envelhecimento natural do ser humano, sendo ainda mais comum em mulheres após a menopausa.
O exame mais adequado para detectar a osteoporose de forma precoce e precisa, é a Densitometria Óssea. Continue lendo o artigo para saber mais sobre como funciona o exame, quais as indicações e contraindicações, e quais os preparos que o paciente precisa ter antes e durante o exame. Acompanhe!
O que é a Densitometria Óssea?
A Densitometria Óssea é um exame por imagem que avalia a densidade mineral dos ossos. A partir dessa inspeção, é possível verificar a perda de massa óssea e identificar os pacientes mais propensos a desenvolver a osteoporose, investigando uma maior incidência de sofrerem fraturas.
A densitometria avalia a coluna lombar, a região proximal do fêmur e o terço distal do rádio. Isso porque essas áreas são as que mais estão sujeitas ao risco de fraturas.O exame ainda permite avaliar a composição corporal, isto é, analisar se a quantidade de massa magra e gorda estão em níveis adequados ou não.
Quem deve fazer o exame?
Segundo a Sociedade Internacional de Densitometria Clínica (ISCD), a recomendação é que o exame seja feito por mulheres após a menopausa e por homens acima dos 60 anos.
No entanto, devem fazer o exame, também, qualquer outra pessoa que preencha algum dos seguintes critérios:
- Baixo peso corporal, com Índice de Massa Corporal (IMC) menor que 18,5 kg/m2;
- Pessoas que já sofreram alguma fratura anteriormente;
- Pessoas que usam certos tipos de medicamentos (como glicocorticoides e anticonvulsivantes) que podem aumentar o risco de desenvolver a osteoporose;
- Pessoas com doenças que provocam uma desmineralização dos ossos, como: artrite reumatóide, doenças inflamatórias do intestino e hipertireoidismo.
- Pacientes que passaram por cirurgia bariátrica, para fins de acompanhamento. Saiba mais neste artigo: Densitometria óssea pós bariátrica: a importância do exame.
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Ainda, o exame também deve ser feito para fins de acompanhamento de osteoporose já diagnosticada no paciente, bem como para acompanhar o tratamento da mesma. A periodicidade da realização do exame, por fim, deve ser sempre avaliada pelo médico. Na maioria dos casos, recomenda-se que ela seja feita anualmente para os pacientes mais incidentes a ter osteoporose.
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Quem não pode fazer o exame?
Como se utiliza radiação durante a realização do exame, a densitometria óssea não é indicada para mulheres grávidas ou que tenham suspeitas de gravidez.
Além disso, pacientes que realizaram exames com contraste de iodo e bário anteriormente, ou fizeram exames radiológicos como cintilografia, podem ter os resultados do exame de densitometria afetados.
Nesses casos, o recomendado é que respeite um intervalo entre uma a duas semanas até que o contraste utilizado nesses exames seja eliminado do corpo, sob determinação do médico.
Pacientes que têm prótese na região a ser examinada, também devem ficar atentos.
- Nos casos de pessoas que possuem prótese em um dos fêmures, recomenda-se que seja examinado o outro.
- Já quem possui prótese na coluna, pode fazer as análises do fêmur e do antebraço como alternativa.
Ainda: a densitometria não é recomendada para quem tem obesidade grave. Isso em razão da capacidade dos aparelhos de densitometria óssea: a maioria dos aparelhos suportam um peso de até 160kg. No IMEB, o limite máximo suportado pelo nosso aparelho é de 170kg.
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Preparo para o exame
Os cuidados que o paciente precisa ter para realizar o exame são relativamente simples. No dia do exame, o paciente não deve ingerir qualquer suplemento de cálcio, uma vez que ele pode aparecer em um exame de coluna e acabar interferindo no resultado.
Joias, sutiãs com aros de ferro e roupas com botões ou fivelas de metal também podem influenciar nos resultados do exame. Por isso, também devem ser evitados no momento do exame.
Geralmente, é solicitado ao paciente que ele troque a roupa por uma vestimenta comum de hospital, própria para realização de exames dessa natureza.
Como é feito o exame?
Com o auxílio de um aparelho conhecido por utilizar a técnica de DXA (Dual-Energy X-ray Absorptiometry), o médico irá expor à radiação a parte do corpo do paciente a ser analisada. O procedimento pode durar de 5 a 15 minutos, dependendo da área a ser analisada.
O objetivo é analisar a quantidade de radiação que os ossos absorvem para indicar a perda de massa óssea e uma fragilidade na sua estrutura. Quanto menor for a radiação absorvida, maior é a solidez dos ossos.
O exame não dói e não causa desconforto, a menos que o paciente não consiga permanecer na mesma posição durante a análise.
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