A densitometria óssea é o principal exame para detectar a osteoporose, uma doença crônica e sistêmica que atinge os ossos.
Vale reforçar que, como em outras doenças ou disfunções em algum órgão do corpo humano, quanto mais cedo o problema é detectado, mais fácil e simples é o tratamento, o que aumenta as chances de obter bons resultados.
Saiba mais sobre o exame de densitometria óssea neste artigo e esclareça as suas principais dúvidas!
Veja neste artigo:
- O que é densitometria óssea?
- Para que serve o exame de densitometria óssea?
- O que exatamente é avaliado?
- Quais as vantagens do exame de densitometria óssea?
- Qual a diferença entre densitometria óssea e cintilografia óssea?
- Indicações: quando e quem pode fazer o exame de densitometria óssea?
- Quem não pode fazer o exame?
- Aparelho de densitometria óssea
- Preparo da densitometria óssea e cuidados
- Interpretando os resultados: quando a densitometria óssea é normal?
- Dúvidas frequentes sobre o exame?
- Densitometria óssea: onde fazer?
- Entendendo a osteoporose?
Vamos ao conteúdo!
O que é Densitometria Óssea?
A Densitometria Óssea é um exame por imagem que avalia a densidade mineral dos ossos. A partir dessa inspeção, é possível verificar a perda de massa óssea e identificar os pacientes mais propensos a desenvolver a osteoporose, investigando uma maior incidência de sofrerem fraturas.
A densitometria avalia a coluna lombar, a região proximal do fêmur e o terço distal do rádio. Isso porque essas áreas são as que mais estão sujeitas ao risco de fraturas.O exame ainda permite avaliar a composição corporal, isto é, analisar se a quantidade de massa magra e gorda estão em níveis adequados ou não.
Para que serve o exame de Densitometria Óssea?
O exame de densitometria óssea (DEXA) tem a finalidade de construir um mapeamento ósseo do organismo. Isso serve para que o médico possa avaliar a densidade óssea do paciente, de forma precoce e precisa, uma informação útil no diagnóstico de doenças como osteoporose e da osteopenia.
Em geral, a densitometria costuma ser solicitada principalmente pelo médico reumatologista. Porém, profissionais de outras especialidades como endocrinologistas, ortopedistas e ginecologistas também podem tratar osteoporose e osteopenia, portanto a DEXA também pode ser solicitada.
Os órgãos avaliados por esse exame incluem a coluna lombar, a região próxima ao fêmur, o terço distal do rádio e o antebraço, que são as principais regiões sujeitas ao risco de fraturas em caso de quedas.
Também é possível fazer a densitometria óssea de corpo inteiro, que avalia toda a composição corporal (massa muscular, massa gordurosa, gordura visceral e massa óssea).
Vale lembrar que outros exames também podem detectar a perda óssea, como o raio-X, a tomografia computadorizada e a ressonância magnética. Mas, quando analisamos a relação custo-benefício, a densitometria ainda é mais vantajosa, por ser mais rápida e simples.
O que exatamente é avaliado no exame?
Com o mapeamento ósseo do corpo e a mensuração da densidade óssea do paciente, a densitometria permite avaliar questões como:
- Perda de cálcio nos ossos;
- Possíveis fraturas de colo de fêmur ou nas vértebras;
- Risco de fraturas futuras;
- Perda de massa óssea.
Quais as vantagens do exame de densitometria óssea?
A principal vantagem do exame é que ele é considerado o melhor método para prevenir ou diagnosticar precocemente a osteoporose.
Sabe-se que os principais exames de imagem para rastrear a osteoporose são a radiografia simples, a cintilografia óssea, a tomografia computadorizada quantitativa (QCT), e o raio-X de dupla energia (do inglês Dual-Energy X-ray Absorptiometry – DEXA) — sendo este último o que corresponde, de fato, ao exame de densitometria óssea.
A partir da comparação entre esses exames, estudos científicos puderam observar uma melhor eficácia da densitometria em comparação aos demais. Tanto é que hoje, tal exame é visto como padrão na identificação precoce da osteoporose.
A saber, a comparação entre os exames consideraram os seguintes fatores:
- acurácia ou exatidão do exame;
- precisão;
- sensibilidade diagnóstica;
- relação custo-benefício;
- segurança para o paciente em relação à dose de radiação utilizada;
- comodidade e praticidade empregada;
- rapidez com que o exame, de modo geral, é realizado.
Além da precisão, segurança e rapidez com que é realizado o exame de densitometria óssea, outro benefício que vale ser destacado é o fato dele ser indolor, não gerando qualquer desconforto durante o procedimento.
Acompanhe o artigo para saber mais sobre a realização do exame. Leia também: Densitometria óssea pós bariátrica: a importância do exame
Qual a diferença entre densitometria óssea e cintilografia óssea?
Essa é uma dúvida comum de muitos pacientes, já que ambos os exames avaliam os ossos. Porém, enquanto a densitometria é normalmente indicada para detectar doenças como osteoporose e osteopenia, a cintilografia auxilia no diagnóstico de cânceres e metástases.
Além disso, outra principal diferença é que a cintilografia óssea utiliza contraste durante sua realização, ao contrário da densitometria, que é um exame mais simples.
Indicações: quando e quem deve fazer o exame de Densitometria Óssea?
Segundo a Sociedade Internacional de Densitometria Clínica (ISCD), a recomendação é que o exame seja feito por mulheres após a menopausa e por homens acima dos 60 anos.
No entanto, devem fazer o exame, também, qualquer outra pessoa que preencha algum dos seguintes critérios:
- Baixo peso corporal, com Índice de Massa Corporal (IMC) menor que 18,5 kg/m2;
- Pessoas que já sofreram alguma fratura anteriormente;
- Indivíduos que usam certos tipos de medicamentos (como glicocorticoides e anticonvulsivantes) que podem aumentar o risco de desenvolver a osteoporose;
- Pessoas com doenças que provocam uma desmineralização dos ossos, como: artrite reumatóide, doenças inflamatórias do intestino e hipertireoidismo.
- Pacientes que passaram por cirurgia bariátrica, para fins de acompanhamento. Saiba mais neste artigo: Densitometria óssea pós bariátrica: a importância do exame.
Ainda, o exame também deve ser feito para fins de acompanhamento de osteoporose já diagnosticada no paciente, bem como para acompanhar o tratamento da mesma. A periodicidade da realização do exame, por fim, deve ser sempre avaliada pelo médico. Na maioria dos casos, recomenda-se que ela seja feita anualmente para os pacientes mais incidentes a ter osteoporose.
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O que considerar para obter confiança no diagnóstico?
Quem não pode fazer o exame?
Como se utiliza radiação durante a realização do exame, a densitometria óssea não é indicada para mulheres grávidas ou que tenham suspeitas de gravidez.
Além disso, pacientes que realizaram exames com contraste de iodo e bário anteriormente, ou fizeram exames radiológicos como cintilografia, podem ter os resultados do exame de densitometria afetados.
Nesses casos, o recomendado é que respeite um intervalo entre uma a duas semanas até que o contraste utilizado nesses exames seja eliminado do corpo, sob determinação do médico.
Pacientes que têm prótese na região a ser examinada, também devem ficar atentos.
- Nos casos de pessoas que possuem prótese em um dos fêmures, recomenda-se que seja examinado o outro.
- Já quem possui prótese na coluna, pode fazer as análises do fêmur e do antebraço como alternativa.
Ainda: a densitometria não é recomendada para quem tem obesidade grave. Isso em razão da capacidade dos aparelhos de densitometria óssea: a maioria dos aparelhos suportam um peso de até 160kg. No IMEB, o limite máximo suportado pelo nosso aparelho é de 170kg.
Como é feito o exame de Densitometria Óssea?
Geralmente, a densitometria óssea costuma ser feita por um técnico em radiologia e dura cerca de 5 minutos (sendo 10 minutos quando realizada no corpo inteiro). O técnico pede para o paciente deitar-se no aparelho, sobre uma mesa acolchoada, e posiciona as pernas em um suporte de esponja, ajustando a pelve e a coluna vertebral do paciente.
Depois, quando o exame se inicia, o laser do aparelho passa em ziguezague sobre os órgãos a serem analisados, digitalizando os ossos e medindo a quantidade de radiação que eles absorvem.
Durante esse momento, o paciente é exposto à níveis de radiação baixos e seguros, que são necessários para a formação das imagens.
Logo após a finalização do exame, o paciente é liberado para seguir com as suas atividades normais do dia a dia, sem restrições.
Aparelho de Densitometria Óssea
O aparelho utilizado no exame de densitometria óssea é sofisticado e utiliza a técnica de DXA (absorciometria por dupla emissão de raios-x), considerada a tecnologia mais bem desenvolvida e validada para avaliar a densidade óssea. Essa técnica colabora para formar resultados detalhados e apresentar um laudo preciso para avaliação médica.
Preparo da Densitometria Óssea e Cuidados
Considerado um exame simples, a densitometria óssea também demanda um preparo muito simples, resumindo-se à retirada de objetos como roupas que contenham botões, fivelas de metal, jóias e até mesmo sutiãs com fecho metálico.
Também não se deve tomar suplementos de cálcio antes da realização do exame. A falta desses cuidados pode, eventualmente, apresentar alterações nos resultados.
Da mesma forma que somente o médico deve fazer a prescrição da densitometria óssea, é ele também o profissional indicado para avaliar as condições necessárias para a realização do exame.
Interpretando os resultados: quando a Densitometria Óssea é normal?
Em geral, o resultado considerado ideal para a densitometria óssea é quando o exame indica que a densidade mineral óssea do paciente está normal, o que significa um laudo com nenhum risco de fraturas.
Porém, quando o exame indica perda da densidade mineral óssea, costuma ser um indicativo de doenças, como:
- osteopenia (quando a perda da massa óssea está em fase inicial, com baixo risco do paciente sofrer fraturas);
- osteoporose (quando a perda da massa óssea já é significativa, com alto risco de fraturas).
Já com relação as valores referência para os resultados da densitometria óssea, temos:
- Resultado normal: quando o T-Score está entre 0 a -1,0 DP;
- Osteopenia: quando o T-Score está entre – 1,0 a -2,4 DP;
- Osteoporose: quando o T-Score é de -2,5 DP ou menos.
*O T-Score é o padrão internacional para os resultados da densitometria óssea, estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Dúvidas frequentes sobre o exame
Quantos dias demora para sair o resultado do exame?
Como o exame é simples e leva pouco tempo para ser concluído, o resultado costuma sair em média até 4 dias úteis após a realização do procedimento. Porém, no IMEB, o resultado da densitometria óssea sai em até 2 dias úteis.
Pode comer antes do exame de densitometria óssea?
Sim, pois para realizar o exame não é necessário jejum em adultos. O paciente pode se alimentar normalmente antes do exame. É preciso se preocupar apenas em tomar corretamente os medicamentos prescritos pelo médico no dia de realização da densitometria. Porém, nos casos de densitometria óssea do corpo inteiro, é necessário jejum de, no mínimo, 12 horas.
De quanto em quanto tempo é necessário realizar a densitometria?
Esse tempo é variável, de acordo com o quadro do paciente. Em geral, é recomendado que a densitometria seja realizada a cada um ou dois anos, mas o intervalo entre um exame e outro também pode ser menor (a cada 6 meses), caso o nível de perda óssea do paciente seja muito alto.
Densitometria óssea: onde fazer?
É importante considerar uma clínica referência em diagnóstico por imagem na sua cidade, que possua a estrutura adequada para a realização da densitometria óssea e tenha o melhor preparo para que possa fazer o seu exame com segurança e conforto.
O IMEB (Imagens Médicas de Brasília) oferece tudo que há de mais moderno em medicina nuclear e diagnóstico por imagem no Centro-Oeste, com qualidade assegurada pelo certificado de excelência da ONA (Organização Nacional de Acreditação) e pela ISO 9001, além de tecnologia avançada, uma equipe de profissionais especializados e atendimento humanizado.
Saiba mais sobre o que faz do IMEB referência em diagnóstico por imagem aqui.
Entendendo a Osteoporose
O conjunto de ossos do organismo sustenta o corpo. Quando eles se enfraquecem, causam quedas e outras lesões. Por isso é muito importante se precaver e tratar a osteoporose fazendo exames regularmente.
Na presença da osteoporose, o organismo deixa de produzir cálcio, principal elemento dos ossos. A osteopenia se refere ao estágio inicial da osteoporose, em que a perda da massa óssea ainda não apresenta porosidade. Na maioria dos casos, a osteoporose se manifesta em mulheres com mais de 65 anos.
Saiba mais em: Como tratar a osteoporose?
Quer entender melhor sobre a saúde dos ossos? Leia também: Tumor ósseo: tipos, sintomas e causas.
Por isso que o exame de Densitometria Óssea é tão importante. Ele também é usado para determinar o risco de fratura futura. O procedimento de teste geralmente avalia a saúde dos ossos da coluna vertebral, antebraço e quadril.
Exames de raios X de fato conseguem mostrar ossos enfraquecidos, mas geralmente apenas quando já há um estado de desgaste muito avançado. O teste de densitometria óssea pode descobrir a diminuição da densidade e da resistência óssea em um estágio muito anterior, possibilitando a realização de tratamento.
Se você é mulher na pós-menopausa, homem com mais de 50 anos ou tenha quebrado um osso recentemente, deve conversar com seu médico ou profissional de saúde sobre como fazer o teste de densidade óssea, caso nunca o tenha feito.