Dia Internacional da Pessoa com Deficiência | IMEB

Dia Internacional da Pessoa com Deficiência

O Dia Internacional da Pessoa com Deficiência é considerado um dia de luta por reconhecimento e também por políticas públicas que assegurem uma vida de mais qualidade para essas pessoas. 

De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), existem cerca de 1 bilhão de pessoas com algum tipo de deficiência em todo o mundo. 

A maioria dessas pessoas vive em países subdesenvolvidos, com condições precárias de sobrevivência, pouco acesso a tecnologias de apoio, além de estarem mais sujeitas a desigualdades, em especial à falta de acessibilidade financeira.

Neste artigo falaremos da importância dessa data e de como termos mais empatia e cuidado com as pessoas com algum tipo de deficiência. Vamos lá?

Dia Internacional da Pessoa com Deficiência

Em dezembro é comemorado o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência. A data foi criada pela ONU com o objetivo de elevar a discussão sobre o tema, além de tentar conscientizar pessoas e entidades governamentais sobre a importância da garantia de direitos para esta grande parcela da população mundial.

A definição de “pessoa com deficiência” está no artigo 1° da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, aprovada pela ONU em 2006.

“É considerada pessoa com deficiência aquela que tem impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir a sua participação plena e efetiva na sociedade nas mesmas condições das outras pessoas.”

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Quais as principais deficiências que afetam os brasileiros

O número de pessoas com deficiência no Brasil também é muito grande. De acordo com a última Pesquisa Nacional de Saúde, publicada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2019, havia cerca de 17,3 milhões de pessoas com alguma deficiência no país, o equivalente a 8,4% da população.

Ainda de acordo com o levantamento, as deficiências mais comuns eram:

1. Deficiências físicas

Afetam 4,9% da população brasileira ou cerca de 10,1 milhões de pessoas.

O grupo das deficiências físicas é representado por problemas que reduzem ou limitam a mobilidade ou a coordenação motora, como para realizar atividades físicas ou andar, comprometendo a independência no cotidiano.

As principais são:

  • Paraplegias, que significa a perda total ou parcial das funções motoras das pernas.
  • Monoplegias, que é a perda total ou parcial das funções motoras de um só membro (um braço ou uma perna).
  • Tetraplegias, significando perda total das funções motoras dos membros superiores e inferiores.

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2. Deficiências visuais

Afetam 3,4% da população brasileira ou cerca de 6,9 milhões de pessoas.

Esse grupo de limitações se caracteriza por condições que provocam cegueira ou baixa visão. 

Entre as doenças que mais levam adultos à deficiência visual estão:

  • Nos adultos: glaucoma, retinopatia diabética, atrofia do nervo óptico, retinose pigmentar e degeneração macular.
  • Nas crianças: glaucoma congênito, retinopatia da prematuridade e toxoplasmose ocular congênita.

Aqui não estão incluídos problemas de vista reversíveis ou contornáveis, como miopia ou astigmatismo.

3. Deficiências intelectuais

Afetam 1,2% da população brasileira ou cerca de 2,5 milhões de brasileiros e afetam a capacidade de raciocínio e o comportamento do indivíduo.

Entre as principais causas para deficiências intelectuais, podemos citar: 

  • Síndrome do X frágil, sendo esta a principal causa de deficiência intelectual no mundo.
  • Síndrome de Down, que é uma desordem genética que provoca alterações físicas e mentais.
  • Atrasos no desenvolvimento, condição em que a pessoa se desenvolve mais lentamente, não alcançando os marcos de desenvolvimento nas épocas esperadas.
  • Paralisia cerebral, que pode ser provocada por alterações durante a gestação, por doenças ou traumas, causando danos cerebrais e prejudicando o desenvolvimento intelectual do indivíduo.

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4. Deficiências auditivas

Afetam 1,1% da população brasileira ou cerca de 2,3 milhões de pessoas.

Podendo ser congênitas (desde o nascimento) ou adquiridas ao longo da vida, provocam a perda parcial ou total da capacidade de captar estímulos sonoros.

As causas congênitas mais frequentes são alterações e doenças durante a gestação, como rubéola e toxoplasmose, além de problemas no parto ou de origem genética.

Já a surdez adquirida está relacionada, entre outros fatores, à exposição prolongada e frequente a ruídos elevados.

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Como podemos perceber, o número de pessoas com deficiência é muito grande não só no Brasil, mas em todo o mundo. Os dados correspondem a uma parcela significativa da população que também merece respeito e atenção especial em todas as suas necessidades.

Poder público e sociedade em geral devem se unir para proporcionar a essas pessoas um mundo menos preconceituoso, mais inclusivo, acessível e com mais oportunidades em todas as áreas, incluindo lazer, trabalho, educação, saúde e bem-estar.

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Evite expressões capacitistas

Um dos objetivos da criação do Dia Internacional da Pessoa com Deficiência é romper com o preconceito. Um passo muito importante para alcançar esse objetivo é excluir da rotina as expressões capacitistas.

Antes de tudo, devemos relembrar que o termo “Pessoa com Deficiência”, ou PcD, só foi firmado após a Convenção Sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência em 2006. 

Antes disso, eram usadas expressões como “pessoa portadora de deficiência” ou “pessoa com necessidades especiais”. Os termos foram banidos pela ONU por passarem uma ideia equivocada do que é ser uma pessoa com deficiência.

Da mesma forma, existem expressões consideradas capacitistas, muito comuns no nosso dia a dia que, mesmo sem intenção, são carregadas de preconceitos. E preconceito é tudo de que não precisamos, não é verdade?

Expressões capacitistas supõem que uma pessoa com deficiência seja incapaz de realizar atividades diversas. Assim, é criada uma condição de superioridade inexistente a partir de falas e ações inadequadas.

Por esta razão, é fundamental conhecer e reconhecer tais expressões como perpetuadoras de preconceitos e excluir todas elas do nosso vocabulário. 

O Comitê Paralímpico Brasileiro criou uma tabela com os termos capacitistas mais comuns e seus respectivos substitutos. Veja a seguir:

Termo capacitistaTroque por
Dar uma de João sem braçoSe fazer de desentendido
Dar uma mancadaCometer um erro
Fingir demênciaFazer de conta que não está vendo, sentindo, etc.
Está cego? ou Está surdo?“Está bem ali” ou “Pode responder o que perguntei”?
Fulano é doente mentalFulano tem deficiência intelectual
Ficar cego de ódioFicar com muita raiva
Deixa de ser mongol, retardado, demente, doido, lesado, loucoDeixa de ser bobo…
A casa está um hospícioA casa está uma bagunça
“Em terra de cego, quem tem olho é rei”No mundo da ignorância, quem sabe pouco, domina. 

No Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, e em todos os outros dias, que possamos fazer a nossa parte para a criação de uma sociedade mais acolhedora, inclusiva e acessível para todos.

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Por: Dr. Renato Barra / Categoria: Bem-estar Notícias

3 de dezembro de 2022

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