Lesão por esforço repetitivo (LER) é uma condição provocada pela realização de atividades repetitivas e/ou com esforço excessivo, levando a lesões nos tendões.
Se você trabalha por longas horas em atividades no computador ou realiza trabalhos repetitivos com as mãos, é importante estar atento aos sinais desse problema, que pode causar dores, inflamações, limitar seus movimentos e afetar sua produtividade e qualidade de vida.
Neste artigo, vamos explicar o que é lesão por esforço repetitivo (LER/DORT), suas principais causas e sintomas, e quais os tratamentos disponíveis.
Boa leitura!
O que é lesão por esforço repetitivo (LER / DORT)?
Lesão por esforço repetitivo (LER) é um termo utilizado para definir danos provocados por atividades repetitivas. Em alguns casos, pode se enquadrar como doença ocupacional, já que pode estar relacionada à atividade profissional da pessoa, mas também é comum ter relação com atividades esportivas, especialmente em atletas profissionais, que executam um alto volume de treino e competições.
Essa condição atinge principalmente os membros superiores, especialmente mãos, pulsos, braços, ombros e pescoço. No entanto, qualquer região do corpo pode ser afetada, sobretudo quando há postura incorreta.
As atividades mais frequententemente relacionadas a LER são:
- Esportes de alto rendimento: atividades esportivas que exigem movimentos repetitivos, como corrida, tênis, golfe, basquete, vôlei, natação, levantamento de peso e ginástica podem causar LER.
- Atividades profissionais repetitivas: trabalhadores de fábricas ou outras profissões que exigem movimentos repetitivos, como digitação, costura e tocar instrumentos musicais, também podem desenvolver.
- Postura incorreta: posturas inadequadas por um longo período podem levar a sobrecarga de músculos e tendões e resultar em LER.
- Idade: à medida que envelhecemos, nossos tendões se tornam menos flexíveis e mais propensos a inflamações e lesões, facilitando a ocorrência do problema.
Apesar de poder ocorrer inclusive em jovens de ambos os sexos, são as pessoas acima dos 50 anos as mais atingidas, e com maior incidência no sexo feminino.
Em outros contextos, a lesão por esforço repetitivo também pode ser identificada como doença osteomuscular relacionada ao trabalho (DORT), lesão por trauma cumulativo (LTC) e por afecções musculares relacionadas ao trabalho (AMERT).
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A LER / DORT afeta quais partes do corpo?
As lesões relacionadas a esforços repetitivos podem afetar diferentes estruturas do corpo, como e receber diferentes definições, a depender da estrutura comprometida, como:
- Tendinite – Condição inflamatória que afeta os tendões, nas mais diferentes regiões do corpo, em dedos, mãos, punhos e braços.
- Tenossinovite – Inflamação ocorrida na bainha sinovial, tecido fibroso que reveste os tendões.
- Bursite – Processo inflamatório que afeta a bursa, uma espécie de bolsa com um líquido dentro, que age como uma almofada, evitando o atrito entre ossos, tendões e músculos próximos.
- Epicondilite – Também conhecida como “cotovelo de tenista” (por ser muito frequente em quem pratica esse esporte), trata-se da inflamação dos tendões que conectam os músculos do antebraço ao osso do cotovelo.
- Síndrome do túnel do carpo – O túnel do carpo é uma estrutura localizada na base da mão, por onde passa o chamado nervo mediano. Nesse tipo de LER, ocorre um estreitamento do túnel do carpo, que acaba comprimindo o nervo mediano.
- Dedo em gatilho – Condição também conhecida como tenossinovite estenosante, é provocada pelo estreitamento da bainha que envolve os tendões que flexionam os dedos da mão. Isso resulta em dificuldade para movimentar o dedo afetado, que acaba ficando permanentemente flexionado, semelhante a um gatilho.
- Síndrome do desfiladeiro torácico – Estreitamento do espaço por onde passam nervos e vasos sanguíneos da região de ombros e pescoço, o que resulta em compressão e inflamação desses nervos e vasos.
- Síndrome do pronador redondo – condição que afeta o músculo pronador redondo, que está localizado no antebraço e é responsável por girar o antebraço para baixo. Essa condição é causada pela compressão do nervo mediano, quando ele passa pelo músculo pronador redondo.
Quais os sinais e sintomas da LER?
Os sintomas provocados pela da LER variam conforme a região afetada (como vimos acima) e do grau de comprometimento do problema, sendo mais frequentes quanto a lesão já está mais avançada, gerando bastante incômodo e dificultando a realização de diversas atividades do dia a dia, especialmente quando afeta as mãos.
Confira os principais sintomas:
- Dor nas articulações.
- Dificuldade de movimentação.
- Formigamento.
- Dormência.
- Sensação de formigamento, dormência ou queimação.
- Rigidez muscular.
- Fraqueza muscular,
- Inchaço.
- Diminuição da sensibilidade tátil e/ou motora.
- Dificuldade para realizar atividades cotidianas.
Como o diagnóstico é feito?
O diagnóstico de lesões por esforço repetitivo (LER) é feito com base nos sintomas apresentados pelo paciente, no histórico de atividades ocupacionais e no exame físico realizado por um médico especializado.
O profissional pode solicitar exames complementares, como ecografia, tomografia computadorizada ou ressonância magnética, para avaliar o grau de comprometimento dos tecidos moles e dos nervos. Além disso, permitem descartar outras doenças.
Determinar – com certeza – um diagnóstico da LER pode ser complicado, uma vez que os sintomas podem ser semelhantes a diversas outras condições médicas. Por isso, é fundamental realizar uma avaliação clínica minuciosa, com muita atenção ao relato de cada paciente, para identificar a causa dos sintomas e orientar o tratamento adequado.
Uma vez diagnosticado o quadro, o tratamento pode ser feito com uso de medicamentos, aplicação de gelo, alongamentos e repouso, para controle da dor na fase aguda.
Já nos casos avançados da LER, o paciente pode precisar fazer uso regular de corticoide, fisioterapia e até de intervenção cirúrgica, a depender do caso.
Como prevenir a LER?
Existem algumas medidas que podem ajudar a prevenir lesões por esforço repetitivo, como:
1. Fazer pausas regulares
Faça uma pausa a cada 30 minutos para alongar e movimentar-se, a fim de reduzir a tensão nos músculos e articulações. Isso pode ser feito durante o trabalho ou, até mesmo, após passar horas digitando no computador.
2. Atenção à postura
Evite posturas que sobrecarregam as articulações. Mantenha as costas retas, os ombros relaxados e os braços apoiados. Utilize mesa e cadeira ergonômicas, para manter a postura correta.
3. Use recursos ergonômicos
Utilize ferramentas adequadas para o trabalho que está realizando, para ajudar a reduzir a tensão nos tendões, músculos e articulações, como apoio de pés e suporte para o punho ao usar o mouse. Outra dica valiosa para poupar os tendões de suas mãos é inverter o lado do mouse, de tempos em tempos.
4. Faça exercícios
Realizar exercícios de fortalecimento dos músculos das regiões mais exigidas em atividades repetitivas ajuda a prevenir a ocorrência de lesões por esforço repetitivo ou torna mais lenta a sua progressão.
Além disso, realizar atividades físicas regulares e manter-se ativo(a) também colabora para melhorar a resistência e a flexibilidade, reduzindo o risco de lesões.
Além dessas medidas de prevenção, é fundamental buscar ajuda médica logo que qualquer sinal relacionado surgir. Isso garante que o quadro não se agrave, além de permitir um tratamento mais rápido e simples, reduzindo o risco de lesões permanentes e limitantes.
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