População ainda desconhece fatores de risco para CÂNCER DE MAMA
O câncer de mama em mulheres é o tipo de câncer mais frequente no Brasil e no mundo (a exceção do câncer de pele não melanoma). Mesmo assim, população ainda desconhece fatores de risco, exames indicados para diagnóstico e detalhes no tratamento
Uma pesquisa feita com 270 pessoas no metrô de São Paulo (SP) revelou que a população ainda desconhece os fatores de risco do câncer de mama, tipo de câncer mais comum no Brasil. A pesquisa foi encomendada pela campanha Cada Minuto Conta, da União Latino-americana Contra o Câncer da Mulher (Ulaccam) e a indústria farmacêutica Pfizer. O trabalho contou ainda com o apoio da ONG Oncoguia.
Apesar do consumo de álcool ser um dos fatores de risco para o desenvolvimento da doença, 86% das pessoas entrevistadas não acreditam que ele tenha conexão com o câncer de mama nem com outros sete tipos de cânceres que ele está relacionado. A obesidade também é um fator de risco. De acordo com a Agência Internacional de Pesquisa do Câncer, porém, para 78% das pessoas, ela não está relacionada ao surgimento do problema.
A surpresa dos especialistas ficou com o fator genético, um dos principais elementos de risco para o desenvolvimento do câncer mama. Porém, ela só foi atribuída para 2% das mulheres e 8% dos homens pesquisados.
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Com o diagnóstico precoce, número de mortes pode ser reduzido
Dados do Ministério da Saúde mostram que cerca de 60 mil mulheres morrem todos os anos de algum tipo de câncer, sendo o câncer de mama o mais frequente. Em 2013, foram registradas 14.388 mortes relacionadas ao câncer de mama. Dessas pessoas, 181 eram homens e 14.207 mulheres.
Reduzir essas estatísticas, porém, é simples – basta que o diagnóstico do câncer de mama seja feito precocemente. Isso eleva as chances de cura para 90%, segundo especialistas.
O diagnóstico começa com o autoexame. Diante de qualquer alteração, o médico deve ser procurado. Este solicitará exames como mamografia, ultrassonografia, ressonância magnética e Imagem Molecular Mamária (MBI – Molecular Breast Imaging), também chamada de Cintilografia Mamária de Alta Resolução.
Para saber como identificar possíveis sinais do câncer de mama, leia este artigo aqui:
Como identificar um câncer de mama? 5 sinais mais frequentes
Cintilografia Mamária de Alta Resolução oferece vantagens à mulher
O exame de Imagem Molecular Mamária ou simplesmente Cintilografia Mamária de Alta Resolução complementa os achados da mamografia e reduz exames falso-positivos da Ressonância Magnética das Mamas. Além dele ter menor custo, não tem contraindicações para pacientes com marca-passo ou próteses metálicas. Sem contar que seus resultados oferecem maior especificidade sobre o tumor.
A Cintilografia Mamária de Alta Resolução é diferente da Cintilografia Mamária tradicional. No primeiro caso, por ser um equipamento mais moderno, oferece melhor resolução espacial, por ter detectores de alta resolução (Telureto de Cádmio de Zinco – CZT). Por causa disso, a Cintilografia de Alta Resolução é também chamada de Imagem Molecular Mamária ou Molecular Breast Imaging – MBI.
A qualidade da imagem obtida é tanta que permite analisar a lesão em fases iniciais, aumentando as chances de cura. Com este exame, é possível diagnosticar alguns casos antes mesmo das alterações morfológicas obtidas com imagens radiológicas comuns.
Mesmo sendo realizadas na MBI, as 2 incidências tradicionais da mamografia (em cada mama), ela oferece mais conforto à paciente, pois há menor compressão das mamas. E o exame pode ser realizado com a paciente sentada.
Deseja saber mais sobre a Cintilografia Mamária de Alta Resolução? Então leia este artigo atualizado que nós publicamos:
Cintilografia Mamária de Alta Resolução: um salto na detecção do câncer de mama
Não existe tratamento padrão para câncer de mama – cada caso é um caso
Muita gente também desconhece essa informação, mas não há um tratamento padrão para o câncer de mama. Existem quatro tipos de tratamentos mais comuns e outros mais raros.
Cabe ao especialista avaliar o tipo de tumor e prescrever o tratamento a ser adotado, como cirurgia, quimioterapia, radioterapia, terapia-alvo e imunoterapia.
A quimioterapia é talvez o tratamento mais conhecido. Ela utiliza medicamentos para destruir ou inibir o crescimento das células cancerígenas. A radioterapia é mais indicada para tumores localizados e utiliza radiação ionizante. Já a terapia-alvo é um composto de drogas anticancerígenas novas que combatem uma proteína ou mecanismo de divisão celular das células tumorais. Por fim, a imunoterapia usa o próprio sistema imunológico da pessoa para combater o câncer.
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Por: Dr. Renato Barra / Categoria: Notícias
9 de janeiro de 2017