As doenças cardiovasculares são as principais causas de óbitos no mundo. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia, somente no Brasil são mais de 1.100 mortes por dia.
Por se tratar de doenças em geral silenciosas, o mais importante é a prevenção. Para isso, as consultas com o cardiologista são fundamentais.
Nessa hora surgem perguntas como: quando devo procurar um cardiologista? Existe uma idade indicada para isso? Quais sinais devo observar?
Nas próximas linhas vamos te mostrar qual o momento adequado para procurar um cardiologista e quais as doenças que esse profissional trata.
Quando devo procurar um cardiologista?
Como dissemos, as doenças cardiovasculares não costumam dar sinais muito claros, o que as torna muito mais perigosas. No entanto, alguns fatores devem ser levados em conta para decidir que é hora de visitar o consultório médico:
1. Idade
A consulta preventiva com o cardiologista é importante durante toda a vida.
Já na infância ou adolescência, é importante ao menos uma avaliação com o cardiologista, para investigar possíveis alterações congênitas (desde o nascimento), como problemas cardíacos, diabetes tipo 1 ou mesmo colesterol elevado, que também ocorre nessa fase.
Mesmo para os adultos jovens saudáveis, é recomendado que busquem avaliação cardiológica antes de iniciar uma atividade física, especialmente os mais sedentários.
No mais, homens e mulheres a partir dos 45 anos precisam de um acompanhamento mais próximo do cardiologista, pois os riscos de doenças cardiovasculares aumentam nessa fase da vida.
Veja neste artigo as idades indicadas para fazer exames preventivos, de acordo com cada tipo de doença cardiovascular:
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2. Histórico Familiar
O histórico familiar é um dos fatores mais significativos para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
Nesse sentido, quanto mais próximo for o grau de parentesco, maiores serão as chances de apresentar os mesmos problemas.
Além disso, nos casos em que o pai tenha apresentado doença cardiovascular antes dos 55 anos, ou a mãe antes dos 65 anos, os riscos para os filhos são ainda maiores. O que se agrava ainda mais, caso haja esse histórico em ambos os lados da família.
Já ter avós e irmãos com história de doença cardiovascular também eleva o risco, porém de forma mais leve.
3. Fatores de risco
A presença de fatores de risco é algo que indica procurar um cardiologista, para avaliações periódicas, independentemente da idade. Os principais fatores de risco são:
- Hipertensão (pressão alta).
- Diabetes.
- Obesidade.
- Consumo excessivo de álcool.
- Fumar.
- Estresse.
- Sedentarismo.
- Colesterol elevado.
- Histórico familiar.
Quer conhecer uma lista de cuidados simples, mas que podem fazer grande diferença para saúde do seu coração? Confira este artigo:
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4. Sinais e sintomas
Quando as doenças cardiovasculares começam a dar sinais é que geralmente o quadro está bem avançado. Como um infarto ou derrame, por exemplo.
O mais comum é que o problema vá evoluindo gradualmente e de forma discreta, por isso é tão importante o acompanhamento médico com o cardiologista de forma regular.
Quando diagnosticadas de forma precoce, essas doenças costumam ser tratadas de forma mais simples e rápida, além de evitar maiores riscos, como aqueles citados no início deste tópico.
De qualquer forma, fique atento a sintomas como:
- Dor no peito que dura mais de 20 minutos e se irradia para o lado esquerdo do corpo.
- Cansaço ou falta de ar em atividades leves, como caminhar, ou mesmo em repouso.
- Alterações no ritmo dos batimentos cardíacos sem motivo aparente.
- Desmaios ou tonturas.
- Inchaço e dores nas pernas.
- Enjoo ou perda de apetite, que podem vir acompanhados de vômitos e inchaço na região do abdômen, de causa desconhecida.
- Dores na região do estômago e sensação de queimação podem também ser sintomas de problemas cardíacos.
Veja em mais detalhes, neste artigo, os sinais que devem ligar seu sinal de alerta para problemas cardiovasculares:
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5. Atividades Físicas
Praticar atividades físicas regulares é uma ótima forma de prevenir o surgimento de doenças cardiovasculares. No entanto, antes de iniciar qualquer prática de exercício, é fundamental procurar um cardiologista.
Nessa avaliação, o médico vai avaliar a capacidade do seu coração para realizar o esforço pretendido ou mesmo investigar se há algum problema que impeça a prática.
O cardiologista fará a avaliação clínica do paciente (inclusive de seu histórico familiar) e poderá solicitar alguns exames para checar as condições cardíacas, como teste ergométrico de esforço, eletrocardiograma, ecocardiograma, entre outros.
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6. Avaliação infantil de alteração cardíaca congênita
As cardiopatias congênitas são alterações na estrutura do coração, que ocorrem durante a formação do bebê no útero. É importante que seu diagnóstico seja feito ainda na fase de pré-natal. Com a detecção precoce, aumentam as chances de o bebê receber o tratamento adequado e, consequentemente, controlar maiores riscos.
Quando o diagnóstico não acontece na gestação, é preciso se atentar aos seguintes sintomas nas crianças:
- Alterações na respiração (curta ou ofegante).
- Fadiga fácil.
- Cianose (pele azulada).
- Suor excessivo.
- Cansaço entre as mamadas, no caso dos bebês.
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Quais doenças o cardiologista trata?
A visita ao cardiologista deve ser feita não apenas para prevenção, mas também para o tratamento das doenças cardiovasculares. Algumas das doenças que o cardiologista trata são:
1. Hipertensão
A hipertensão, mais conhecida como pressão alta, ocorre quando as artérias se tornam mais rígidas e menos elásticas, perdendo sua capacidade de dilatação. Isso faz com que elas não consigam suportar a pressão exercida pelo fluxo sanguíneo, aumentando o risco de derrame e de outros problemas graves.
Por ser uma doença crônica, muitas vezes silenciosa e que pode ser causada por motivos genéticos ou hábitos não saudáveis, deve ser acompanhada de perto pelo cardiologista.
2. Doença arterial coronariana
A doença arterial coronariana (DAC) é caracterizada pelo acúmulo de placas de gordura nas artérias, que reduzem gradativamente o fluxo de sangue para o coração.
Em casos leves, a DAC provoca dores no peito, falta de ar e cansaço. Já nos casos mais graves, quando o bloqueio do fluxo sanguíneo é total, pode levar a um infarto.
O tratamento com o cardiologista depende da gravidade de cada caso, variando de uma simples mudança de hábitos, uso de medicamentos ou até mesmo cirurgia para desobstrução das artérias.
3. Insuficiência cardíaca
A insuficiência cardíaca ocorre quando o coração não tem força suficiente para bombear o sangue para o restante do corpo. Pode ser um problema congênito (desde o nascimento) ou que se desenvolve ao longo da vida.
Pessoas nessa condição costumam apresentar muita fadiga e falta de ar, assim como inchaço nas pernas.
O tratamento com o cardiologista inclui a diminuição do consumo de líquidos e sal na alimentação, o uso de medicamentos e em casos mais graves a implantação de marca-passo.
4. Arritmia cardíaca
A arritmia cardíaca faz com que os batimentos do coração ocorram fora do seu ritmo normal. Algumas vezes mais acelerado, outras vezes mais lento.
Quando a arritmia é leve, pode até passar despercebida, mas em casos mais severos a aceleração ou diminuição dos batimentos podem causar falta de ar, tonturas e desmaios.
Para tratar a arritmia cardíaca, o médico cardiologista geralmente recomenda o uso de medicamentos para ajustar o ritmo dos batimentos, o implante de dispositivos que regulam o ritmo ou até mesmo a cauterização por cateter.
5. Acidente vascular cerebral (AVC)
Existem dois tipos de acidente vascular cerebral: o isquêmico, provocado pelo entupimento de artérias do cérebro por placas de gordura, e o hemorrágico, quando há o rompimento de artérias, devido à alta pressão arterial.
Pacientes que sofreram AVC geralmente são acompanhados por um neurocirurgião e também por um cardiologista, para o controle de fatores de risco, como hipertensão, diabetes, obesidade e tabagismo.
Conheça 6 doenças que a avaliação cardiológica de rotina pode detectar ou até evitar que aconteçam:
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Com que frequência devo ir ao cardiologista?
A frequência das consultas com o cardiologista vai variar de acordo com cada caso.
Em casos de urgência e emergência, como dor no peito, desmaios ou arritmias graves, o ideal é buscar atendimento o mais rápido possível. Até mesmo em pronto-socorro ou pronto atendimento.
Para pacientes diagnosticados com alguma doença cardiovascular, como insuficiência cardíaca ou arritmia, é recomendado ir ao cardiologista a cada 6 meses ou conforme a orientação médica, para a realização de exames e ajuste do tratamento, caso seja necessário.
É importante reforçar novamente que homens e mulheres, a partir dos 45 anos, devem procurar o cardiologista ao menos uma vez no ano.
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