Elastografia Hepática: o exame que representa uma evolução no diagnóstico de fibrose!
Antigamente, pacientes que necessitavam de uma avaliação mais específica do fígado para analisar a presença de alguma patologia na região geralmente realizavam uma biópsia. Porém, hoje, a Elastografia Hepática surge como uma nova alternativa nesses casos, um exame ainda mais seguro e confortável para o paciente!
A Medicina Nuclear está em constante evolução, em busca de oferecer exames de diagnóstico por imagem ainda mais seguros e com menos riscos.
Por isso, neste artigo, você vai entender melhor sobre a Elastografia Hepática, sua evolução em comparação com a biópsia, para que serve o exame, tipos, como é feito, resultados e onde realizar.
Confira!
O que é elastografia hepática e quais as vantagens em relação à biópsia de fígado?
A Elastografia Hepática é um exame de imagem especial que tem substituído a biópsia de fígado. Isso significa uma nova alternativa para pacientes que necessitam de uma avaliação mais aprofundada da função hepática e do fígado, em busca de sinais de rigidez e alterações anormais na região.
(Fonte: Portal Drauzio Varella)
Esse tipo de informação é fundamental para a análise médica, pois com ela é possível determinar o grau de fibrose hepática no fígado.
O grau de fibrose hepática representa a quantidade de cicatrizes e lesões que se acumulam no fígado em decorrência de fatores como inflamações na região, consumo excessivo de bebida alcoólica ou acúmulo de gordura.
E, apesar de ambos os procedimentos serem capazes de determinar o grau de fibrose hepática no fígado, a elastografia hepática oferece algumas vantagens em comparação à biópsia hepática, principalmente sob a perspectiva do paciente.
A biópsia, por exemplo, apesar de mais precisa, é um procedimento invasivo, mais demorado e que oferece mais riscos para o paciente.
Uma agulha grossa é introduzida no fígado para coleta dos fragmentos de tecido da região que serão analisados. Nesse processo, mesmo com sedação, anestesia local e segurança, o paciente pode sentir dor e ainda corre risco mínimo de lidar com algumas complicações, como sangramento.
Por outro lado, a elastografia hepática é um exame não invasivo e mais seguro, sem necessidade de cortes no fígado. Por isso, o exame pode ser realizado mais vezes, além de oferecer menos riscos e mais conforto para o paciente, com resultados semelhantes à biópsia.
É importante ressaltar também que a biópsia consegue coletar apenas fragmentos do tecido para análise, enquanto o exame de elastografia hepática permite avaliar quase todo o fígado.
A elastografia hepática é confiável?
Sim, a elastografia é confiável e segura. Apenas uma parcela pequena dos resultados podem sair equivocados ou inconclusivos. Em geral, isso acontece quando o exame é realizado em pacientes com quadros de sobrepeso, obesidade, IMC abaixo de 19 kg/m2 ou idade avançada. Porém, ainda assim as ocorrências são baixas.
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Para que serve o exame de elastografia hepática?
Por avaliar o grau de rigidez no fígado e alterações anormais nesse órgão, a elastografia hepática serve, principalmente, para detectar indicativos de fibrose (endurecimento do tecido do fígado).
Esse tipo de análise é muito importante pois a fibrose pode evoluir e causar danos contínuos no fígado, o que pode levar a problemas mais graves e complicações no órgão, como cirrose, falência hepática e carcinoma hepatocelular (tipo de câncer).
Infelizmente, a fibrose não é uma doença reversível. Mas, quando diagnosticada em estágio inicial, é possível realizar tratamentos bem-sucedidos que evitam que a doença progrida e promovem uma melhora significativa na qualidade de vida dos pacientes.
Além do diagnóstico de fibrose, a elastografia hepática também serve para avaliar possíveis lesões e cicatrizes no fígado causadas por doenças como hepatite B ou C e esteatose (degradação de gordura no fígado).
Tipos de elastografia hepática
Existem dois principais tipos de elastografia hepática, que estão relacionados à técnica utilizada para a obtenção dos resultados do exame. São eles: elastografia transitória (TE), também conhecida como FibroScan, e elastografia por ressonância magnética (MRE).
- Elastografia Transitória (Transient Elastography – TE): é realizada por meio de um aparelho chamado FibroScan, que promove uma vibração na pele do paciente para formar uma onda de cisalhamento, que é a responsável por formar as imagens. Porém, o exame oferece apenas uma avaliação quantitativa do fígado e não é capaz de determinar exatamente a localização do segmento hepático analisado.
- Elastografia por Ressonância (Magnetic Resonance Elastography – MRE): já esse tipo de elastografia por RM é guiada por um aparelho de ressonância magnética. Além de oferecer dados quantitativos, também permite uma avaliação qualitativa (visual) do fígado. Por isso, geralmente possui uma precisão e taxa de sucesso maiores, na grande parte dos casos.
Como é feito o exame elastografia hepática?
O exame de elastografia hepática é um método de imagem totalmente indolor, não invasivo e confortável para o paciente, além de ser rápido (a captação de imagens dura em torno de 1 minuto). Além disso, geralmente não é necessário o uso de contraste nem radiação e o preparo é simples.
O paciente deve estar em jejum por no mínimo 4h. Além disso, não é recomendado consumir bebida alcoólica ou cigarro, nem ter realizado exercícios físicos, nas 24h anteriores ao procedimento.
Para realizar o exame, o paciente é posicionado no aparelho de ressonância magnética e o procedimento é iniciado.
A máquina emite ondas vibratórias sobre o corpo e mede a velocidade com a qual essas ondas se propagam no fígado. A partir desse dado, é possível determinar o grau de rigidez do fígado numericamente, o que facilita a tomada de decisão do médico.
Se necessário, o médico também pode solicitar a extensão do tempo de duração do exame, para que possa avaliar também aspectos como a quantidade de ferro e gordura presentes no fígado, ou a presença de nódulos ou alterações vasculares, a partir de uma ressonância magnética total do abdômen superior.
Resultados
Os resultados da elastografia hepática podem apresentar sinais de uma possível fibrose hepática a partir de dados como: alterações nas proporções do fígado ou no tamanho, dilatação ou não da veia porta (principal veia do fígado), entre outras informações.
Além disso, o exame também fornece uma classificação específica para o grau de fibrose do paciente, sendo:
- F0: resultado normal;
- F1: indicativo de fibrose mínima ou em estágio inicial;
- F2: indicativo de fibrose portal e periportal com raros septos;
- F3: indicativo de fibrose portal e periportal com numerosos septos;
- F4: indicativo de cirrose.
É importante reforçar que, qualquer dúvida que tenha sobre o resultado do seu exame, é fundamental consultar o seu médico.
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Por: Dr. Renato Barra / Categoria: Exames
19 de dezembro de 2014