Exame oferece redução da dose de radiação para o paciente | IMEB

Exame oferece redução da dose de radiação para o paciente

A medicina nuclear evolui a cada dia. Iniciou-se com os raios X em 1895 e só vem evoluindo desde então. Em 1970, com o surgimento da tomografia computadorizada, diversas doenças puderam ser diagnosticadas e tratadas utilizando a radiação proveniente dos equipamentos de tomografia.

Isso porque, com os avanços tecnológicos da medicina, foi possível obter imagens exclusivas do cérebro, fígado, pulmões, rins e outros órgãos. Contrastes radiológicos melhoraram a observação desses órgãos, reduzindo as práticas de cirurgias de laparotomias (abrir para investigar).

A maior disponibilidade dos equipamentos tomográficos, com redução no seu preço (mesmo com novas tecnologias agregadas) aumentou sua utilização na rotina médica. Entretanto, paralelamente, aumentou-se também as doses de radiação dispensadas que em estudos de tomografia podem ser até 500 vezes maiores do que as de raios X convencionais.

Apesar de não existirem evidências diretas de que a tomografia aumenta riscos de câncer, algumas pesquisas e dados de estudos associam a exposição a radiações ionizantes a tumores malignos. É o caso do estudo realizado pelo National Research Council (NCR), nos Estados Unidos. Segundo a publicação, os níveis de radiação de uma única tomografia podem, sim, aumentar o risco de câncer.

Esse e outros estudos relacionados causaram uma grande preocupação na comunidade, que passou a atender pedidos de tomografias apenas quando for realmente necessário.

Especialistas reconhecem que os benefícios trazidos em exames tomográficos são muito maiores do que os riscos, mas não se deve abusar do seu uso, pois as doses de radiação emitidas podem realmente ser nocivas ao paciente, principalmente a longo prazo e de modo cumulativo.

Brasileiros são submetidos à radiação, muitas vezes, sem necessidade

Segundo estudo publicado na revista Radiologia Brasileira, os pacientes brasileiros são submetidos muitas vezes, sem necessidade, a radiação de raios X e tomografias. A publicação reúne dados de hospitais paulistas, fluminenses, mineiros, pernambucanos e paranaenses.

A justificativa pode ser a pressão feita pelos pacientes nos consultórios médicos, com o pedido de “não seria melhor fazer uma tomografia?”. Além disto tem-se uma grande quantidade de equipamentos radiológicos descalibrados, e ainda um número razoável de técnicos mal treinados, que desconhecem as doses de radiação adequadas em cada exame. Por exemplo, é possível realizar uma tomografia de tórax com doses de 7 mSv com qualidade de imagens semelhantes a doses de 10 mSv. Por que então utilizar doses superiores? Isto pode levar a resultados preocupantes, segundo os especialistas.

Um relatório da ONU, divulgado em Genebra, mostrou que o problema de exposição à radiação médica é maior, sobretudo naqueles países que mais investem em tratamentos de saúde. Na última década, para se ter uma ideia, houve aumento de 40% de radiografias realizadas no mundo. A exposição radiológica médica é superior à exposição radiológica advinda de fontes naturais, como a solar.

Como reduzir as doses de radiação em que os pacientes estão sendo expostos?

A saída, então, é buscar por exames que dispensem doses menores de radiação, mantendo a qualidade e efetividade do diagnóstico. É o caso da Cintilografia Miocárdica, chamada também de Cintilografia de Perfusão do Miocárdio. Este estudo pode ser realizado com metodologias de um ou dois dias e permite avaliar a viabilidade miocárdica, ou seja, o fluxo de sangue que vai das artérias até o coração. Com ele, também é possível detectar falhas na irrigação cardíaca, o que previne eventos cardíacos graves, como o infarto do miocárdio. Esse exame utiliza um fármaco radioativo, porém com doses de radiação bem menores do que as dispensadas nas tomografias de coração (Angiotomografia Coronariana ou ainda o “Cateterismo Cardíaco”).

Como funciona a Cintilografia Miocárdica?

A Cintilografia Miocárdica, de acordo com o IMEB (Imagens Médicas de Brasília), é um exame realizado em duas etapas: em repouso e sob estímulo. Inicia-se com uma injeção do radiofármaco e o paciente em repouso. Adquire-se as imagens e depois o paciente realiza a segunda etapa, na qual é submetido a um “estresse cardíaco”, como uma caminhada ou corrida sobre esteira ergométrica e injeção de nova dose do radiofármaco. Realiza-se, então, a aquisição de novas imagens. Para fazer o exame, o paciente deve passar por 3 horas em jejum e estar livre de tabaco, além de 24 horas sem ingerir substâncias que contenham cafeína.

O IMEB – Imagens Médicas de Brasília é uma clínica especializada que realiza exames de Cintilografia, Densitometria Óssea, Mamografia, Ressonância Magnética e Tomografia computadorizada, além de PET-CT e Biópsias. Suas unidades se encontram na Asa Norte, Asa Sul e Taguatinga.

Leia também: Mitos e Verdades sobre Medicina Nuclear: o que você precisa saber.

Por: Dr. Renato Barra / Categoria: Notícias

15 de dezembro de 2016

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