Mamas densas são mamas que possuem uma grande quantidade de tecido glandular, que é responsável pelo aleitamento materno. Isso significa que seios densos possuem uma maior quantidade das glândulas que produzem o leite.
É comum, por exemplo, que muitas mulheres descubram que possuem mamas densas após fazer uma mamografia. É o seu caso?
Se você está com dúvidas ou receios sobre mamas densas, não se desespere, pois não é uma doença. Trata-se de uma condição frequente e normal, especialmente em mulheres jovens (com menos de 40 anos de idade).
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O que é são mamas densas?
Se você recebeu o diagnóstico de que possui mamas densas ou conhece alguém nessa situação, isso significa que as mamas possuem pouca gordura (tecido adiposo) e muitas glândulas (tecido glandular), o que faz com que os seios se tornem mais densos do que o normal do corpo feminino.
O diagnóstico também pode trazer nomenclaturas como “mamas heterogeneamente densas” ou “mamas fibrosas”.
Essa condição é comum em mulheres mais jovens (abaixo dos 40 anos). E, com o passar dos anos, é natural que o tecido adiposo substitua o tecido fibroglandular, tornando as mamas menos firmes.
Uma das possíveis causas das mamas densas é o fator genético. Então, se há histórico de seios densos na família, há maiores chances de desenvolvimento das mamas densas.
Vale reforçar que essa condição não é uma doença, mas sim algo frequente e comum na vida de muitas mulheres.
Por isso, não existe cura nem tratamento para mamas densas. O que é necessário é fazer um acompanhamento mais próximo com exames periódicos das mamas. Entenda melhor o porquê abaixo.
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Mama densa pode ser câncer?
Não, ter mamas densas não é um indicativo de câncer. O que acontece — e que pode confundir muitas pacientes — é que quem tem mamas densas possui um risco maior de desenvolver o câncer de mama futuramente.
Por isso, é necessário que mulheres com seios densos se cuidem mais, realizando check-ups e exames regulares, para detectar qualquer indício da presença de tumor ou de lesões nas mamas, proporcionando um diagnóstico precoce da doença.
Isso facilita o tratamento e aumenta as chances de cura de um possível câncer.
Além disso, se a mulher também de encaixar nos principais fatores de risco para câncer de mama, o cuidado deve ser redobrado. São eles:
- Idade (acima de 55 anos);
- Histórico familiar para câncer de mama;
- Obesidade;
- Sedentarismo;
- Ingestão de bebida alcoólica em excesso;
- Alimentação inadequado, com consumo excessivo de gordura e frituras.
É importante lembrar que, mesmo apresentando mamas densas e fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de mama, isso não significa que a mulher irá desenvolver obrigatoriamente o câncer.
Somente um acompanhamento médico e exames específicos podem determinar isso.
Mama densa na pós-menopausa
Mesmo sendo mais frequentes em mulheres jovens, as mamas densas também podem surgir em mulheres mais maduras, especialmente na pós-menopausa.
Nesses casos, ao invés de ir ganhando naturalmente mais gordura nas mamas com o passar dos anos, essas mulheres continuam com predominância do tecido glandular nos seios, mesmo depois da menopausa.
É importante alertar que a presença de mamas densas na pós-menopausa aumenta em até seis vezes o risco de desenvolvimento do câncer de mama.
Isso porque as células presentes nas mamas densas após a menopausa possuem maiores chances de sofrerem as mutações que levam ao surgimento de um tumor no tecido fibroglandular dos seios.
Por isso, se esse for o seu caso ou o de uma mulher próxima, é necessário fazer um acompanhamento regular do quadro. Converse com o seu médico!
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Como diagnosticar a mama densa?
É verdade que a mamografia é o principal exame para detecção precoce do câncer de mama. Porém, existem casos em que somente esse exame não é capaz de detectar a doença, como nos casos em que a paciente possui mamas densas.
O que acontece é que a maior presença de tecidos glandulares nos seios densos prejudicam os resultados da mamografia, formando imagens com pouca diferenciação entre os tecidos normais da mama e possíveis anomalias ou outras lesões na região.
(Resultado de mamas densas na mamografia)
A grande questão está no funcionamento da mamografia. Quando há a presença de tumores, por exemplo, eles aparecem na cor branca, sendo destacados nos resultados do exame.
Da mesma forma que o tecido denso da mama também aparece branco na mamografia, como pode ver na imagem acima, fazendo com que possíveis alterações irregulares possam passar despercebidas pelo médico.
Essa é a causa de muitas mamografias de mulheres com mamas densas apresentarem falhas e gerarem resultados falso-negativos, ou seja, que dão como normais no laudo mas que podem não estar detectando alguma anormalidade nos seios, como o câncer de mama.
Porém, isso não é motivo de preocupação, já que nos casos de mulheres com mamas densas é comum que o médico solicite exames complementares que vão colaborar para um diagnóstico preciso caso haja a presença de um tumor, como ecografia mamária (ou ultrassonografia das mamas), ressonância magnética das mamas, cintilografia mamária e mamografia com contraste.
Um outro exame próprio para mulheres que possuem mamas densas é a Invenia ABUS, uma ecografia das mamas em 3D, que auxilia diretamente a avaliação médica em casos de seios com tecidos mais densos. Saiba mais sobre a Ecografia das Mamas 3D aqui.
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4 exames que detectam o câncer de mama
O importante é seguir a orientação médica e continuar fazendo o acompanhamento com exames regulares para prevenir o surgimento do câncer de mama.
BI-RADS 2 no resultado da mamografia?
A sigla vem do inglês Breast Imaging and Reporting Data System (BI-RADS), sendo um sistema de caracterização de exames criado pelo Colégio Americano de Radiologia e adotado no mundo inteiro.
Nas mamografias, a sigla costuma vir acompanhada de uma letra de A a D para indicar a densidade da mama, sendo “A” para mamas pouco densas, com predominância de tecido adiposo, e “D” para mamas muito densas, compostas principalmente de tecido fibroglandular.
Mulheres jovens com mamas densas está indicado a mamografia?
Sim. Porém, vale reforçar que nesses casos a mamografia é limitada, podendo gerar resultados falso-negativos, apresentando como normal nos resultados quando, na verdade, há alguma lesão.
Por isso, nesses casos, para prevenir o câncer de mama, é necessário fazer também os exames complementares, como os citados acima.
Qual a diferença de mamografia e ultrassom da mama?
A principal diferença é que a ultrassonografia das mamas (também conhecida como ecografia das mamas) costuma ser indicada justamente para mulheres com mamas mais densas, enquanto a mamografia é indicada para pacientes com mamas menos densas.
Além disso, é importante ressaltar que, em geral, a mamografia é o primeiro exame recomendado para a paciente. Caso seja identificado que a densidade dos seios é alta e que os resultados podem não ser conclusivos, é solicitada também uma ultrassom das mamas como exame complementar, para um diagnóstico mais preciso.
Como essa é uma dúvida comum de muitas pacientes, o Dr. Renato, médico do IMEB, explica melhor sobre a diferença entre os dois exames no vídeo abaixo. Assista:
Podemos prevenir o desenvolvimento de mamas densas? Como tratar?
Sim, é possível evitar o aparecimento de mamas densas, por meio de ações como:
- Realizar acompanhamento médico e exames regulares caso haja histórico de mamas densas na família;
- Exercitar-se diariamente e buscar manter o peso adequado para o seu corpo, de acordo com altura e idade;
- Controlar melhor a alimentação, evitando o consumo de alimentos muito gordurosos, doces ou salgados em excesso. Prefira frutas, vegetais e alimentos frescos no geral;
- Não fumar e beber muita água durante o dia.
Para mulheres com mais de 40 anos, o recomendado é realizar o exame de mamografia ao menos uma vez por ano. Assim, é possível acompanhar se houve aumento do tecido glandular ou não.
Também é importante que, desde a menopausa, a mulher inicie a terapia de reposição hormonal para diminuir as chances de desenvolvimento das mamas densas após essa fase, especialmente se houver fator genético envolvido.
Para se informar e se cuidar melhor, leia também: 6 exames que toda mulher deve fazer anualmente.
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