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O que é Lúpus e quais são os sintomas
Por: Dr. Renato Barra

O que é Lúpus e quais são os sintomas?

Muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre o que é o Lúpus. Isso porque essa é uma doença autoimune, o que significa que o próprio sistema imunológico do paciente ataca seus órgãos e tecidos. 

Por ser capaz de afetar diversas áreas do corpo, muitas vezes o Lúpus é confundido com outras doenças. Neste artigo, você vai entender o que é e como é feito o diagnóstico de Lúpus, assim como quais são os principais sintomas da doença.

Acompanhe!

O que é Lúpus?

O Lúpus é uma doença inflamatória e autoimune. Isso significa que as células de defesa do sistema imunológico atacam as células saudáveis do corpo, o que pode provocar inflamação e afetar diferentes áreas, órgãos e tecidos, como pele, articulações, rins, cérebro, olhos, coração, pulmões, entre outros.

As principais causas do Lúpus ainda não são totalmente conhecidas, mas sabe-se que fatores genéticos, como mutações, que ocorrem ainda no desenvolvimento do feto, podem ser causadoras da doença. Embora não haja fatores de risco pré-determinados, algumas situações merecem atenção:

  • A incidência do Lúpus é mais frequente no gênero feminino, ainda que possa surgir em ambos os sexos; 
  • Apesar de surgir em qualquer idade, o diagnóstico do Lúpus ocorre, geralmente, entre os 15 e 40 anos;
  • A doença é mais comum em mulheres afro-americanas, hispânicas e asiáticas.

No entanto, é possível nascer sem qualquer sintoma e desenvolver a doença já na vida adulta. Isso pode acontecer principalmente por uma série de condições hormonais, infecciosas, genéticas e ambientais, entre elas a exposição prolongada à luz do sol – de forma inadequada e em horários inapropriados.

Pressão alta, infecções virais e o uso de alguns medicamentos, como antibióticos, remédios para controlar convulsões também podem influenciar no desenvolvimento da doença.

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Principais sintomas de Lúpus

Os sintomas do Lúpus podem afetar qualquer órgão ou parte do corpo, surgir de repente ou se desenvolver de forma lenta. Além disso, variam de acordo com o estágio em que a doença se encontra, com intensidade moderada ou grave. 

Suas ocorrências podem ser temporárias, com duração de alguns dias ou semanas, e até mesmo permanentes, já que nesses casos os sintomas se mantém de forma constante.

Os sintomas mais frequentes são:

  • fadiga excessiva;
  • febre alta, acima dos 37.5°;
  • dor ou inflamação nas articulações;
  • rigidez muscular e inchaços;
  • manchas vermelhas na pele, principalmente na face, em forma de asa de borboleta, que piora com a luz do sol;
  • lesões na pele que surgem ou pioram quando expostas ao sol;
  • dificuldade para respirar;
  • dor no peito ao inspirar profundamente;
  • sensibilidade à luz do sol;
  • dor de cabeça, confusão mental e perda de memória;
  • linfonodos aumentados;
  • queda de cabelo;
  • feridas na boca ou no canto do nariz;
  • mal-estar generalizado, ansiedade.

Além disso, algumas pessoas podem ter sintomas específicos, a depender da área do corpo afetada no momento, como cefaleia, dormência, formigamento, convulsões, alterações de personalidade, dor abdominal, náuseas, vômito, arritmia cardíaca e tosse com sangue.

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Diferentes tipos de Lúpus

Existem quatro tipos diferentes de Lúpus, com causas e manifestações distintas. As principais formas da doença são:

1. Lúpus eritematoso sistêmico (LES)

O Lúpus eritematoso sistêmico (LES) é a forma mais comum de manifestação da doença

Se caracteriza pela inflamação em todo o organismo da pessoa, incluindo vários órgãos e tecidos, como pele, rins, coração e articulações. 

Muitos dos sintomas relatados acima são manifestados no LES, entre eles manchas vermelhas na pele exposta ao sol, artrite, diminuição das plaquetas e alterações no sistema nervoso central.

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2. Lúpus discoide

O Lúpus discoide fica restrito apenas à pele da pessoa afetada. 

Essa forma da doença é identificada pelo aparecimento de lesões avermelhadas na pele, geralmente com descamação. O formato e o tamanho das lesões variam, atingindo principalmente o rosto, a nuca e o couro cabeludo.

 Algumas pessoas com Lúpus discoide podem evoluir para Lúpus eritematoso sistêmico.

3. Lúpus induzido por medicamentos

O Lúpus induzido por medicamentos tem sintomas parecidos com o Lúpus eritematoso sistêmico, no entanto, as inflamações provocadas por essa forma da doença são temporárias e causadas pelo uso de determinados medicamentos, como a hidralazina, procainamida ou isoniazida. 

Normalmente, os sintomas desaparecem algum tempo depois da suspensão do uso da substância.

4. Lúpus neonatal

Esse é um tipo raro da doença e afeta bebês recém-nascidos de mulheres que têm Lúpus. 

Em geral, a criança pode nascer com baixa contagem de células sanguíneas, problemas no fígado ou erupções na pele. No entanto, os sintomas tendem a desaparecer após alguns meses.

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Como é o diagnóstico de Lúpus?

Nem sempre é tão simples confirmar o diagnóstico de Lúpus, porque os sintomas da doença variam muito de pessoa para pessoa e podem se alterar conforme o passar do tempo, o que muitas vezes confunde com sinais de outras doenças.

Ainda assim, o diagnóstico de Lúpus é feito pelo reumatologista, através da análise do histórico clínico do paciente, além de uma série de exames físicos, laboratoriais e de sangue. Entre eles, os principais são:

  • Exames para avaliar a presença de anticorpos, incluindo teste de anticorpos antinucleares (FAN), anticorpos anti-DNA dupla fita, anticorpos anti-Smith (SM) e anticorpos antifosfolípides;
  • Hemograma completo;
  • Radiografia do tórax;
  • Biópsia renal;
  • Exame de urina.

Como é feito o tratamento?

O tratamento para o Lúpus segue as orientações do reumatologista e tem por objetivo melhorar a qualidade de vida do paciente, aliviando e controlando os sintomas apresentados, de acordo com a frequência com que surgem. Isso acontece porque o Lúpus não tem cura.

Dessa forma, o médico responsável pode indicar o uso de alguns medicamentos para controlar os momentos de crise, entre eles:

  • Antiinflamatórios: para tratar artrite, pleurisia, febre e dor ou inchaço nas articulações;
  • Corticoides: para pequenas lesões na pele; nos casos mais graves da doença, podem ser indicadas altas dosagens do remédio, para prevenir distúrbios no sistema nervoso central ou anemia hemolítica, por exemplo.
  • Antimaláricos: ajudam no tratamento de manchas na pele, dor nas articulações e até mesmo queda de cabelo;
  • Imunossupressores: são indicados para os casos mais graves da doença e que podem levar risco à vida do paciente, como severas alterações no sistema nervoso central, ou quando o tratamento com corticoides não é eficaz.

Principais cuidados no tratamento

No tratamento da doença, também são indicados certos cuidados essenciais para ajudar a aliviar os sintomas do Lúpus e melhorar a qualidade de vida do paciente. 

Mudar os hábitos de vida, evitar a exposição excessiva ao sol e o uso constante de protetor solar são alguns deles. Outros cuidados incluem:

  • dormir uma quantidade de horas adequadas para o descanso;
  • praticar atividades físicas regulares; 
  • evitar o uso de tabaco e bebidas alcoólicas; 
  • manter uma alimentação balanceada e saudável, evitando o consumo de alimentos ricos em açúcar.

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Como vimos no artigo, o Lúpus é uma doença autoimune, quando as próprias células de defesa do sistema imunológico atacam outras células saudáveis. Por isso, a doença afeta diversas áreas do corpo, como pele, rins, cérebro, olhos, coração, entre outros.

Apesar de, até o momento, o Lúpus não ter cura, realizar o tratamento pode garantir uma melhor qualidade de vida para os pacientes que são acometidos pela doença.

No IMEB, realizamos diversos exames de imagem – como a radiografia do tórax, utilizada para auxiliar no diagnóstico de Lúpus -, sempre com o objetivo de proporcionar o melhor conforto e qualidade no atendimento ao paciente.

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